Catoca reveza turnos depois de três meses
A Sociedade Mineira de Catoca, que opera na Lunda-Sul o quarto maior quimberlito do mundo a céu aberto, anunciou ontem que substitui, entre o final de Junho e início de Julho, a equipa que assegurou a operação da companhia ao longo de 90 ou mais dias, desde que, a 27 de Março último, foram decretadas as primeiras medidas excepcionais para conter a propagação da Covid-19.
Num comunicado enviado ao Jornal de Angola, a companhia revelou ter adoptado uma estratégia de rotatividade das equipas, de modo a que os trabalhos não paralisem, ao mesmo tempo que para salvaguardar o funcionamento da empresa, milhares de postos de trabalho e a contribuição económica.
O director-geral da companhia, Benedito Manuel, adiantou que o processo de revezamento tem início com os trabalhadores com base familiar na Lunda-Sul, levando parte dos que estão em casa a retomarem, permanecendo em regime de confinamento na mina, com os outros a serem dispensados para cumprirem o isolamento social junto das famílias.
Os regresso dos que têm a base familiar em Luanda está condicionado pelo levantamento da cerca sanitária instalada sobre a capital, de modo a que seja possível a deslocação dos trabalhadores em sentido inverso.
A companhia, participada por capitais angolanos e russos, representa 75 por cento do total da produção angolana de diamantes. No ano passado, as vendas representaram 740 milhões de dólares, com as contribuições fiscais a atingirem 130 milhões, de acordo com dados do I Conselho de Direcção Alargado da companhia, realizado em Dezembro citados pela Angop.