Jornal de Angola

Quatro mil tartarugas morreram este ano na costa angolana

Existem vários programas no âmbito da conservaçã­o das tartarugas marinhas, entre eles o projecto “Kitabanga”

- Manuela Gomes

Este ano, morreram na costa angolana cerca de 4.000 tartarugas marinhas, disse ao Jornal de Angola a ministra da Cultura, Turismo e Ambiente tendo alertado que a densidade populacion­al deste animal regista um declínio, relacionad­o com a destruição dos ninhos e captura ilegal por parte dos predadores da espécie.

Adjany Costa, que falava por ocasião ao Dia Mundial das Tartarugas Marinhas (16 de Junho), disse que o órgão que dirige tem feito o resgate e enterro de tartarugas, que aparecem mortas ao longo da costa angolana, através de notificaçõ­es do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros. Em 2019, foram enterradas 11 tartarugas na província de Luanda sendo que a área de maior ocorrência foi na Ilha do Cabo, com o total de cinco.

A ministra fez menção a vários programas desenvolvi­dos no âmbito da conservaçã­o das tartarugas marinhas, entre eles o projecto “Kitabanga”, da Faculdade de Ciências da Universida­de Agostinho Neto, em colaboraçã­o com o Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente, que visa contribuir para o conhecimen­to e protecção destes animais.Actualment­e, o projecto conta com uma área de actuação directa de 53 quilómetro­s de praias protegidas, distribuíd­as pela costa nas regiões do Soyo, Kissembo, Dande, Muserra, Palmeirinh­as, Sangano, Cabo Ledo, Baia das Pipas, praia da Catumbela Longa, Cuio e Bentiaba/Menono.

O “Kitabanga” tem oito postos de monitoriza­ção de cinco espécies, das quais três nidificam em Angola, nomeadamen­te (oliva, couro e verde) até à data, e conseguiu proteger mais de 35.000 ninhos, o que permitiu que mais de 3.500.000 de neonatos nascessem no seu abrigo.

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DR Adjany Costa diz que o país regista um declínio na densidade populacion­al de tartarugas

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