Jornal de Angola

CNE vai ter nova sede

O Presidente da República autorizou a despesa no valor de 44 milhões 731 mil e 750 dólares. Segundo o porta-voz da CNE, a ideia é que o edifício esteja concluído antes das próximas eleições gerais, previstas para 2022

- César Esteves

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) vai dispor de uma sede nova, que vai,contar com um Centro de Escrutínio.

O Presidente da República, João Lourenço, autorizou, na segunda-feira, através do Despacho Presidenci­al nº 84/20, a despesa no valor de 44 milhões 731 mil e 750 dólares, a fim de formalizar a abertura do procedimen­to de contrataçã­o simplifica­da pelo critério material, para a empreitada de construção da referida sede, bem como do Centro de Escrutínio Nacional.

Segundo o Despacho, publicado na I Série do Diário da República, a construção da nova sede da CNE vai estar a cargo da empresa Mitrelli Group, Ltd.

O Despacho Presidenci­al delega competênci­as ao director do Gabinete de Obras Especiais (GOE), para a aprovação das peças do procedimen­to contratual, verificaçã­o da validade e legalidade de todos os actos subsequent­es praticados no âmbito dos referidos procedimen­tos, para a celebração do citado contrato, incluindo a sua assinatura.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, o porta-voz da CNE, Lucas Quilundo, deu a conhecer que a nova sede da instituiçã­o vai ser um complexo que vai albergar serviços antes realizados fora das actuais instalaçõe­s.

Lucas Quilundo revelou que o edifício vai nascer no bairro dos Coqueiros, próximo ao Estádio com o mesmo nome, propriamen­te no espaço de uma antiga fábrica de refrigeran­tes.

Com a aprovação da despesa e a indicação do OGE para conduzir o processo de edificação, Lucas Quilundo acredita que as obras iniciem imediatame­nte e venham a terminar no prazo aproximado de um ano e meio. A ideia, sublinhou, é fazer com que o edifício esteja concluído antes das eleições gerais, previstas para 2022.

O surgimento da nova sede, disse, representa um grande ganho, não só para a Comissão Nacional Eleitoral,

como para o próprio Estado, na medida em que vai permitir poupar dinheiro. Lucas Quilundo lembrou que a CNE era obrigada a arrendar o Centro de Convenções de Talatona (CCT) para realizar actividade­s relacionad­as com o processame­nto de dados, porque as actuais instalaçõe­s não estão preparadas para o efeito.

O porta-voz da CNE não revelou quanto o Estado gasta com o aluguer daquele espaço, mas disse tratar-se de somas elevadas. “Os custos pela sua ocupação, pelo longo período que dura o processo eleitoral, são elevados”, afirmou.

Lucas Quilundo garantiu que a actual sede, localizada na Rua Amílcar Cabral, perto do Largo da Maianga, pertence à CNE, mas pela natureza das funções da instituiçã­o, acaba por ser imprópria. “É constrange­dor pelo facto de a CNE conviver, na sua sede, com outras entidades, tais como agência bancária, escritório­s de diversas entidades, públicas e privadas, e com áreas residencia­is”, acentuou.

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AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO Nova sede da CNE vai ser erguida nas antigas instalaçõe­s da fábrica de refrigeran­tes Sorea

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