Muangala preocupado com a falta de cozinha no hospital de campanha
As equipas médicas destacadas nos centros e hospitais de campanha para o tratamento da Covid-19 devem ficar no local durante sete dias, sem qualquer contacto com o exterior. Por isso, é necessário criar as condições para garantir a alimentação
da LundaNorte, Ernesto Muangala, manifestou-se terça-feira, no Dundo, preocupado com a inexistência de uma cozinha para os pacientes e equipa médica que for destacada no hospital de campanha para o tratamento de possíveis casos da Covid-19.
Os trabalhos de montagem do hospital de campanha, com capacidade de 200 camas, já estão concluídos, mas o projecto, segundo o empreiteiro não contemplou a instalação de uma cozinha. Devido a essa situação, Ernesto Muangala, os dois vice-governadores, o administrador municipal do Chitato e o director do Gabinete Provincial da Saúde para, quanto cedo possível, encontrarem uma solução para o problema.
O governador da LundaNorte esclareceu que, de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), as equipas médicas destacadas nos centros e hospitais de campanha para o tratamento da Covid-19 devem ficar no local durante sete dias, sem qualquer contacto com o exterior. Por isso, acrescentou, é necessário criar as condições para garantir a alimentação.
“As equipas médicas destacadas nos hospitais de campanha ficam lá sete dias e, depois disso, são encaminhados directamente para os centros de quarentena institucional. Por isso, enquanto estiverem em serviço, temos de garantir a sua alimentação”, disse.
Ernesto Muangala, que também é médico de profissão, salientou que o Hospital
de campanha revestese de grande importância, não só para o tratamento de possíveis casos positivos da Covid-19, mas também pela diversidade de serviços que futuramente vai prestar às comunidades.
Serviços auxiliar
O vice-governador para os Serviços Técnicos e Infraestruturas, Lino dos Santos, disse que o Hospital de campanha, localizado no bairro Camatundu, Distrito Urbano do Chitato, foi montado em sete dias, contra os oito inicialmente previstos, numa área de 4.720 metros quadrados.
“Além da vedação e do refeitório, prevê-se também a montagem de um gerador com capacidade de 500 KVA e um furo de água”, explicou.
Lino dos Santos afirmou que, dos materiais utilizados para a montagem do hospital, restaram quatro tendas que vão servir para a criação de outros serviços.
Por seu lado, o director da obra, Pallomo Nassim, garantiu que as salas de internamento têm aparelhos de ar condicionado e equipamentos médicos. “Acabamos com os trabalhos de construção das 12 naves que compõem a estrutura e o apetrechamento das 200 camas. Todas as salas de internamento têm aparelhos de ar condicionado e equipamentos médicos. A próxima semana, vai chegar o gerador de 500 KVA para o fornecimento de energia eléctrica”, referiu.
Pallomo Nassim disse que a montagem do Hospital de campanha contou com a participação de 25 técnicos, entre angolanos e israelitas.