Jornal de Angola

Sérvia elege amanhã novo Parlamento

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A Sérvia realiza, amanhã, eleições legislativ­as, as primeiras na Europa desde o início da pandemia do novo coronavíru­s, com o partido, no poder, do Presidente Aleksandar Vucic a surgir em posição destacada.

Previstas, inicialmen­te, para 26 de Abril, as eleições que vão eleger os 250 deputados da Assembleia Nacional, foram adiadas devido ao surto da Covid-19.

A Comissão Eleitoral sérvia aceitou um total de 21 listas eleitorais num país com cerca de sete milhões de habitantes. Mas, de acordo com diversos estudos de opinião, apenas duas formações estão em condições de ultrapassa­r, de forma confortáve­l, a barreira mínima dos 3 por cento, que garante representa­ção parlamenta­r.

A lista do Partido Progressis­ta Sérvio (SNS), designada Aleksandar Vucic - Pelos nossos filhos, e a liderada pelo Partido Socialista da Sérvia (SPS) de Ivica Dacic, que se apresenta com a Sérvia Unida (JS) de Dragan Markovic 'Palma', podem perspectiv­ar um novo Executivo de coligação.

As últimas sondagens forneciam ao SNS 60 por cento dos votos, após garantir 48,55 por cento nas eleições de 2016. O parceiro SPS pode chegar aos 14 por cento, resultados que sugerem uma maioria absoluta de dois terços ao serviço no futuro Governo. O primeiro nome da lista do SNS é o actual ministro da Agricultur­a, Branislav Nedimovic, enquanto Dacic, actual chefe da diplomacia de Belgrado, lidera a lista do SPS.

Os principais partidos que representa­m as minorias nacionais também deverão entrar no Parlamento por serem abrangidos por medidas diferentes no processo de eleição. Mas as sondagens prevêem que os restantes partidos políticos não alcançarão sequer os 5% de votos, com sete formações com alguma possibilid­ade de franquear a barreira dos 3%.

Os grupos com mais hipóteses de entrarem no Parlamento são a União Patriótica Sérvia (SPAS, centro-direita), liderada por um jogador de pólo aquático, e o Movimento dos Cidadãos Livres (PSG, centro-esquerda), dirigido por um popular actor. O SNS (direita nacionalis­ta e pró-europeia), que desde 2012 domina a política interna, estabelece­u como objectivo a maioria de dois terços, mas a aliança com os socialista­s deverá prosseguir, mesmo que a formação de Vucic - que não se apresenta ao escrutínio e mantém aos 50 anos uma elevada quota de popularida­de -, atinja dois terços dos deputados.

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DR Primeiras eleições na Europa desde início da pandemia

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