Quarto infectado no Cuanza-Norte
Registados quatro casos positivos no Hoji-ya-Henda e um na Clínica Multiperfil
Mais seis novas infecções da Covid-19 entraram, nas últimas 24 horas, para a estatística. Destes, um registado na província do Cuanza-Norte, elevando para 172 os casos confirmados no país. A informação foi avançada, ontem, em Luanda, pela ministra da Saúde.
Sílvia Lutucuta disse que as seis pessoas que testaram positivo têm idades compreendidas entre nove e 29 anos. Destas, esclareceu, quatro estão relacionadas à cerca sanitária do Hoji-ya-Henda, um da Multiperfil e outro da província do Cuanza-Norte.
A ministra informou que o paciente do Cuanza-Norte aguarda pela informação epidemiológica para se avaliar o vínculo. Na mesma província, os pacientes que testaram positivo moram em Luanda. Furaram a cerca sanitária e, por força do Decreto de Situação de Calamidade, devem voltar para o local de residência.
Na habitual conferência de imprensa de actualização de dados da Covid-19, a também porta-voz da Comissão
Multissectorial, acrescentou que os mesmos são assintomáticos. "De modo a não complicar a situação, tomámos como medida retirar os pacientes do Cuanza-Norte, enquanto a província lidava com os contactos e reforçava as medidas locais".
No Cuanza-Norte, foram enviados equipamentos, como monitores, ventiladores, bombas infusoras e camas de cuidados intensivos.
Papel da OMS
Sobre a avaliação da OMS, a ministra admitiu que a organização, que é referência mundial, tem apoiado e orientado todos países, mas que também foi apanhada de surpresa em relação à Covid-19.
“A OMS teve uma atitude de humildade, na última conferência mundial, na qual reconheceu que as orientações, que são dadas para aplicabilidade de determinados protocolos ou normas devem ser sempre avaliadas no contexto de cada país", enfatizou.
Para Sílvia Lutucuta, foi o que aconteceu com a Covid19 em que cada país tomou as medidas de acordo com o seu contexto. “Aqui vai o exemplo de África, que estava já rotulada como continente que teria mais dificuldades no combate à Covid-19".
“Tomámos as medidas de prevenção atempadamente e, por essa razão, não estamos nos números projectados pela OMS, olhando pela situação global do continente", sublinhou a ministra da Saúde.
Dados suplementares
O país registou, até ontem, o aumento de mais seis casos, que perfaz um cumulativo de 172 casos confirmados, oito óbitos e 66 recuperados. Há ainda 98 doentes activos, dos quais um requer atenção especial.
A ministra assegura que os restantes estão clinicamente estáveis, nos centros de tratamentos da Covid-19. Os casos de transmissão local subiram para 108, com o aumento dos seis de ontem.
Nas últimas 24 horas, prosseguiu, foram processadas 272 amostras, seis positivas e 266 negativas. Até ontem, estavam em processamento em laboratórios 19.840 testes, dos quais 172 positivos, 15.654 negativos e 4.014 em análise.
O Centro de Segurança Pública (CISP) recebeu 76 chamadas, das quais um alerta de caso suspeito da Covid-19, 71 relacionadas com pedidos de informações e quatro denúncias de violação de quarentena. O alerta reportado foi investigado e descartado pela Equipa de Resposta Rápida.
Sílvia Lutucuta informou que, na quarentena, foram dadas 15 altas, 14 em Luanda e uma no Bié. Há ainda o registo de 461casos suspeitos, sob investigação, 1.292 contactos em vigilância e 554 pessoas em quarentena.
Ainda ontem, foi levantada a cerca sanitária do Condomínio Oliva, no bairro Sapú, depois de 17 dias de privação. A ministra informou que ainda hoje pode ser retirada a cerca sanitária ao Hoji-ya-Henda.