Jornal de Angola

Quarto infectado no Cuanza-Norte

Registados quatro casos positivos no Hoji-ya-Henda e um na Clínica Multiperfi­l

- Alberto Pegado e Xavier António

Mais seis novas infecções da Covid-19 entraram, nas últimas 24 horas, para a estatístic­a. Destes, um registado na província do Cuanza-Norte, elevando para 172 os casos confirmado­s no país. A informação foi avançada, ontem, em Luanda, pela ministra da Saúde.

Sílvia Lutucuta disse que as seis pessoas que testaram positivo têm idades compreendi­das entre nove e 29 anos. Destas, esclareceu, quatro estão relacionad­as à cerca sanitária do Hoji-ya-Henda, um da Multiperfi­l e outro da província do Cuanza-Norte.

A ministra informou que o paciente do Cuanza-Norte aguarda pela informação epidemioló­gica para se avaliar o vínculo. Na mesma província, os pacientes que testaram positivo moram em Luanda. Furaram a cerca sanitária e, por força do Decreto de Situação de Calamidade, devem voltar para o local de residência.

Na habitual conferênci­a de imprensa de actualizaç­ão de dados da Covid-19, a também porta-voz da Comissão

Multissect­orial, acrescento­u que os mesmos são assintomát­icos. "De modo a não complicar a situação, tomámos como medida retirar os pacientes do Cuanza-Norte, enquanto a província lidava com os contactos e reforçava as medidas locais".

No Cuanza-Norte, foram enviados equipament­os, como monitores, ventilador­es, bombas infusoras e camas de cuidados intensivos.

Papel da OMS

Sobre a avaliação da OMS, a ministra admitiu que a organizaçã­o, que é referência mundial, tem apoiado e orientado todos países, mas que também foi apanhada de surpresa em relação à Covid-19.

“A OMS teve uma atitude de humildade, na última conferênci­a mundial, na qual reconheceu que as orientaçõe­s, que são dadas para aplicabili­dade de determinad­os protocolos ou normas devem ser sempre avaliadas no contexto de cada país", enfatizou.

Para Sílvia Lutucuta, foi o que aconteceu com a Covid19 em que cada país tomou as medidas de acordo com o seu contexto. “Aqui vai o exemplo de África, que estava já rotulada como continente que teria mais dificuldad­es no combate à Covid-19".

“Tomámos as medidas de prevenção atempadame­nte e, por essa razão, não estamos nos números projectado­s pela OMS, olhando pela situação global do continente", sublinhou a ministra da Saúde.

Dados suplementa­res

O país registou, até ontem, o aumento de mais seis casos, que perfaz um cumulativo de 172 casos confirmado­s, oito óbitos e 66 recuperado­s. Há ainda 98 doentes activos, dos quais um requer atenção especial.

A ministra assegura que os restantes estão clinicamen­te estáveis, nos centros de tratamento­s da Covid-19. Os casos de transmissã­o local subiram para 108, com o aumento dos seis de ontem.

Nas últimas 24 horas, prosseguiu, foram processada­s 272 amostras, seis positivas e 266 negativas. Até ontem, estavam em processame­nto em laboratóri­os 19.840 testes, dos quais 172 positivos, 15.654 negativos e 4.014 em análise.

O Centro de Segurança Pública (CISP) recebeu 76 chamadas, das quais um alerta de caso suspeito da Covid-19, 71 relacionad­as com pedidos de informaçõe­s e quatro denúncias de violação de quarentena. O alerta reportado foi investigad­o e descartado pela Equipa de Resposta Rápida.

Sílvia Lutucuta informou que, na quarentena, foram dadas 15 altas, 14 em Luanda e uma no Bié. Há ainda o registo de 461casos suspeitos, sob investigaç­ão, 1.292 contactos em vigilância e 554 pessoas em quarentena.

Ainda ontem, foi levantada a cerca sanitária do Condomínio Oliva, no bairro Sapú, depois de 17 dias de privação. A ministra informou que ainda hoje pode ser retirada a cerca sanitária ao Hoji-ya-Henda.

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KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
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