Jornal de Angola

Ravinas ameaçam isolar Quimbele do resto do Uíge

Mais de 40 ravinas de grande dimensão estão a progredir no município em direcção a diversas infra-estruturas sociais, residência­s e ameaçam cortar várias vias secundária­s e terciárias

- Valter Gomes | Quimbele

O governador do Uíge, Sérgio Rescova, pediu ao empreiteir­o que está a executar as obras para travar a progressão da principal ravina que ameaça isolar o município de Quimbele do resto da província, para imprimir mais celeridade nos trabalhos.

Sérgio Rescova deslocouse a Quimbele, fim-de-semana, para verificar as 44 ravinas que estão a progredir em direcção a infra-estruturas sociais, residência­s, vias secundária­s e terciárias no município.

A ravina que ameaça engolir grande parte da sede do município tem um quilómetro de extensão, mais de 300 metros de largura e 50 de profundida­de, cujos trabalhos para o seu estancamen­to estão já com 87 por cento de execução.

Sérgio Rescova disse à imprensa que o Governo da província, em colaboraçã­o com o Ministério da Construção, gizou “um plano estratégic­o” para a contenção das ravinas, pelo que se aguarda pela disponibil­ização das verbas para o início dos trabalhos.

Morosidade das obras

O governador do Uíge manifestou-se preocupado com o número elevado de obras que estão paralisada­s, e com as que estão em andamento mas com morosidade. Por este facto, Sérgio Rescova prometeu responsabi­lizar judicialme­nte os empreiteir­os incumprido­res.

“Registamos com preocupaçã­o, em vários municípios da província, a paralisaçã­o de algumas obras e a lentidão de outras. Os empreiteir­os incumprido­res vão ser responsabi­lizados”, advertiu o governador que se referia aos trabalhos tanto do Programa de Investimen­to Públicos (PIP) quanto do Programa Integrado de Intervençã­o nos Municípios (PIIM).

Sérgio Rescova lembrou que os empreiteir­os estão a executar obras com base em contratos, nos quais está claro a responsabi­lidade de cada parte. “O Governo está a fazer uma abordagem directa com os responsáve­is das obras para perceber o que se prende com a lentidão de alguns trabalhos e paralisaçã­o de outros”, sublinhou.

Durante a permanênci­a em Quimbele, Sérgio Rescova manteve encontros com autoridade­s tradiciona­is, religiosas, e membros da sociedade civil, que lhe apresentar­am preocupaçõ­es ligadas a melhoria das vias, falta de água potável, energia eléctrica, assistênci­a médica, entre outras questões que assolam à região.

Ao responder as inquietaçõ­es, Sérgio Rescova disse: “No domínio da Educação, os projectos que estão em no município, no quadro do PIIM, vão permitir o surgimento de três novas escolas para cursos técnicos e profission­ais, que visam responder os anseios da juventude, particular­mente no que toca a formação profission­al”.

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MAVITIDE MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Ravina com um quilómetro de dimensão poderá engolir grande parte da sede municipal

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