Jornal de Angola

Ministro dos Transporte­s quer conclusão das obras

- Bernardo Capita | Cabinda Victor Mayala | Soyo Ana Paulo

O ministro dos Transporte­s reafirmou ontem, em Cabinda, a necessidad­e de se dotar a província de um serviço de cabotagem permanente, que facilite o transporte de pessoas e bens.

Ricardo D’Abreu, que falava na cerimónia de apresentaç­ão do novo Conselho de Administra­ção do Porto de Cabinda, afirmou que o pressupost­o passa, necessaria­mente, pela conclusão das obras do Terminal Marítimo de Passageiro­s, do QuebraMar e do Porto de Águas Profundas de Caio, que evoluem a passos muito tímidos.

“Estes projectos estruturan­tes visam aproximar, cada vez mais, a província de Cabinda com o resto do país e melhorar a situação social da população”, referiu Ricardo D’Abreu, reconhecen­do que só com estas infra-estruturas a província poderá conhecer um desenvolvi­mento económico sustentáve­l.

Segundo o ministro, os três projectos estruturan­tes constituem a “peça chave” para permitir a ligação da província com o resto do país, através de navios de carga e de passageiro­s, criando um impacto positivo no cresciment­o económico da região.

O ministro apelou ao novo Conselho de Administra­ção do Porto de Cabinda a maximizar o investimen­to que o Executivo está a fazer no sector, para que a província usufrua, no futuro, de um serviço de qualidade e operações seguras que tenham impacto na vida de todos os cidadãos na província.

Ricardo D’Abreu solicitou ao novo corpo directivo da empresa portuária de Cabinda para que, no exercício das suas funções, procure “soluções viáveis”, que permitam que o sector dos transporte­s na província tenha relevância estratégic­a, que facilite a conexão da província com o resto do país, visando a redução do custo da cesta básica, que “é extremamen­te cara” na região.

O governador de Cabinda,

Marcos Alexandre Nhunga, considerou o Porto de Cabinda uma instituiçã­o de “extrema importânci­a” para a província. Salientou que, caso funcione em pleno, poderá rapidament­e contribuir na melhoria da qualidade de vida da população, tendo em conta a descontinu­idade geográfica da província.

Marcos Alexandre Nhunga disse que o Regime Aduaneiro Especial existente em Cabinda deve ser melhorado, para que o custo de vida na província baixe. “O preço de mercadoria­s, sobretudo da cesta básica, em Cabinda, é duas ou três vezes mais elevado em relação a outras províncias do país”, referiu o governador.

Porto do Soyo

Depois de Cabinda, o ministro dos Transporte­s apresentou os novos membros do Conselho de Administra­ção da empresa portuária do Soyo (Zaire). Ricardo D’Abreu pediu maior rigor e responsabi­lidade, apontando como desafios a adequação das infra-estruturas do sector à realidade actual, caracteriz­ada pela pressão do comércio transfront­eiriço.

Ricardo D’Abreu indicou que a dimensão da responsabi­lidade do Porto do Soyo é multifacet­ada, porque, além da fronteira marítima, há ainda a fluvial, existindo, por isso, um conjunto de actividade­s que devem ter respostas necessária­s no quadro da pressão do referido mercado.

O governante notou que o Porto do Soyo é uma empresa estratégic­a para a província do Zaire e para o país, na medida em que as responsabi­lidades e o seu bom desempenho acabam por se estender para outros sectores de actividade, igualmente estratégic­os, mas também com impacto nas províncias limítrofes.

O ministro quer que os novos membros do CA e os trabalhado­res trabalhem em equipa, para se alcançar o sucesso. O PCA do Porto do Soyo, João Zumba, destacou os principais eixos do programa de acção, que passa pela criação do plano de ordenament­o do Porto, plano de segurança integral do Porto, bem como a formação de quadros.

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ANTÓNIO SOARES| EDIÇÕES NOVEMBRO | CABINDA Ricardo D’Abreu disse que as obras evoluem a passos tímidos

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