Ministro dos Transportes quer conclusão das obras
O ministro dos Transportes reafirmou ontem, em Cabinda, a necessidade de se dotar a província de um serviço de cabotagem permanente, que facilite o transporte de pessoas e bens.
Ricardo D’Abreu, que falava na cerimónia de apresentação do novo Conselho de Administração do Porto de Cabinda, afirmou que o pressuposto passa, necessariamente, pela conclusão das obras do Terminal Marítimo de Passageiros, do QuebraMar e do Porto de Águas Profundas de Caio, que evoluem a passos muito tímidos.
“Estes projectos estruturantes visam aproximar, cada vez mais, a província de Cabinda com o resto do país e melhorar a situação social da população”, referiu Ricardo D’Abreu, reconhecendo que só com estas infra-estruturas a província poderá conhecer um desenvolvimento económico sustentável.
Segundo o ministro, os três projectos estruturantes constituem a “peça chave” para permitir a ligação da província com o resto do país, através de navios de carga e de passageiros, criando um impacto positivo no crescimento económico da região.
O ministro apelou ao novo Conselho de Administração do Porto de Cabinda a maximizar o investimento que o Executivo está a fazer no sector, para que a província usufrua, no futuro, de um serviço de qualidade e operações seguras que tenham impacto na vida de todos os cidadãos na província.
Ricardo D’Abreu solicitou ao novo corpo directivo da empresa portuária de Cabinda para que, no exercício das suas funções, procure “soluções viáveis”, que permitam que o sector dos transportes na província tenha relevância estratégica, que facilite a conexão da província com o resto do país, visando a redução do custo da cesta básica, que “é extremamente cara” na região.
O governador de Cabinda,
Marcos Alexandre Nhunga, considerou o Porto de Cabinda uma instituição de “extrema importância” para a província. Salientou que, caso funcione em pleno, poderá rapidamente contribuir na melhoria da qualidade de vida da população, tendo em conta a descontinuidade geográfica da província.
Marcos Alexandre Nhunga disse que o Regime Aduaneiro Especial existente em Cabinda deve ser melhorado, para que o custo de vida na província baixe. “O preço de mercadorias, sobretudo da cesta básica, em Cabinda, é duas ou três vezes mais elevado em relação a outras províncias do país”, referiu o governador.
Porto do Soyo
Depois de Cabinda, o ministro dos Transportes apresentou os novos membros do Conselho de Administração da empresa portuária do Soyo (Zaire). Ricardo D’Abreu pediu maior rigor e responsabilidade, apontando como desafios a adequação das infra-estruturas do sector à realidade actual, caracterizada pela pressão do comércio transfronteiriço.
Ricardo D’Abreu indicou que a dimensão da responsabilidade do Porto do Soyo é multifacetada, porque, além da fronteira marítima, há ainda a fluvial, existindo, por isso, um conjunto de actividades que devem ter respostas necessárias no quadro da pressão do referido mercado.
O governante notou que o Porto do Soyo é uma empresa estratégica para a província do Zaire e para o país, na medida em que as responsabilidades e o seu bom desempenho acabam por se estender para outros sectores de actividade, igualmente estratégicos, mas também com impacto nas províncias limítrofes.
O ministro quer que os novos membros do CA e os trabalhadores trabalhem em equipa, para se alcançar o sucesso. O PCA do Porto do Soyo, João Zumba, destacou os principais eixos do programa de acção, que passa pela criação do plano de ordenamento do Porto, plano de segurança integral do Porto, bem como a formação de quadros.