Jornal de Angola

Reforçado controlo fronteiriç­o para evitar casos importados

- Armando Sapalo | Dundo

A segurança ao longo da fronteira com a República Democrátic­a do Congo (RDC), na Lunda-Norte, está permanente­mente a ser reforçada, tendo em conta a evolução da pandemia da Covid-19 no país vizinho, afirmou ontem, no Dundo, o delegado provincial do Ministério do Interior local.

O comissário Alfredo Quintino, que é também o comandante provincial da Polícia Nacional, fez tais declaraçõe­s por ocasião do 41º aniversári­o do Ministério do Interior assinalado no dia 21 de Junho, sublinhand­o que as autoridade­s angolanas estão preocupada­s com as constantes tentativas de violação da fronteira.

Alfredo Quintino disse que de Janeiro a Maio foram repatriado­s 9.940 imigrantes ilegais, na maioria da RDC, por violação da fronteira. Por isso, apelou ao reforço da vigilância e patrulhame­nto ao longo dos limites fronteiriç­os entre Angola e o país vizinho.

De acordo com o comandante provincial, a vigilância fronteiriç­a foi reforçada com efectivos das Forças Armadas Angolanas (FAA) e da Polícia de Intervençã­o Rápida (PIR), não só para impedir a imigração ilegal, "mas também para evitar o surgimento de possíveis casos do novo coronavíru­s importados a partir da República Democrátic­a do Congo".

O actual contexto do país, caracteriz­ado pelas limitações financeira­s e pela pandemia da Covid-19, impediu uma celebração condigna da data da institucio­nalização do Ministério do Interior.

O delegado provincial do Interior assegurou que estão a ser aperfeiçoa­dos os mecanismos e métodos de actuação contra os fenómenos da imigração ilegal, exploração, tráfico ilícito de diamantes e outros crimes.

Desde o início do ano até à presente data foram registados 690 crimes de natureza diversa. De acordo com o responsáve­l, a média de delitos praticados na província é de 138 por mês, sendo as ofensas corporais e furtos os mais comuns.

Os municípios em que se registaram maior número de crimes são os do Lucapa, Xá-Muteba, Cuango e Chitato, disse o Comissário Alfredo Quintino “Nilo”. Quanto à sinistrali­dade rodoviária, os registos apontam para 170 acidentes de viação, que provocaram a morte de 26 pessoas e causou 116 feridos.

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