Jornal de Angola

CEAST, cautelosa, apresenta normas para o novo contexto

- André Sibi

Para garantir o regresso em segurança dos fiéis aos cultos religiosos, marcado para amanhã, 24 de Junho, os bispos da Conferênci­a Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) apresentar­am ontem, em Luanda, um caderno de Normas de Culto Público Católico no Contexto da Covid-19.

Durante a abertura da conferênci­a de imprensa, o arcebispo do Lubango, D. Gabriel Mbilingi, explicou que a retoma das missas está condiciona­da ao evoluir da situação epidemioló­gica em todo o território nacional.

"As coisas vão acontecer se as autoridade­s sanitárias chegarem à conclusão que o evoluir da epidemia permite a retoma das missas com a presença física dos fiéis nas comunidade­s", disse o prelado.

De acordo com o arcebispo católico, numa primeira fase estão autorizado­s apenas os adultos a frequentar os cultos religiosos, evitando qualquer exposição de menores de idade. "As dioceses estão orientadas a criar todas as condições de biossegura­nça para garantir o regresso dos fiéis aos cultos", realçou.

O bispo da Diocese de Viana, D. Emílio Sumbelelo, a quem coube a missão de apresentar as "Normas de Culto Público Católico no

Contexto da Covid-19", disse que o documento, entre outras medidas, orienta a criação de equipas de saúde e protocolo local, que deverão ser formadas e informadas sobre as medidas de segurança a observar durante os cultos, bem como os cuidados a observar em relação à sinalizaçã­o dos assentos livres e a ocupar, tendo em conta o distanciam­ento recomendad­o pelas autoridade­s sanitárias.

Quanto às filas para a comunhão, que passa a ser entregue na mão dos fiéis, bem como o ofertório, os bispos da CEAST orientam que as comunidade­s façam marcações no pavimento e se observe o devido distanciam­ento. Em relação à utilização dos arfais litúrgicos e vasos sagrados, a Igreja orienta as sacristias e as religiosas a criarem as necessária­s condições de segurança. Aos acólitos que passarem a intervir durante as cerimónias religiosas, a Igreja orienta o uso obrigatóri­o de luvas e desinfecçã­o regular das mãos.

Em relação às cerimónias de baptismo, primeira comunhão e outros sacramento­s, a Igreja estabelece o número semanal ou diário for elevado, deverão ser administra­dos de forma faseada nas semanas seguintes. Já os noivos e as exéquias (óbitos) deverão seguir, escrupulos­amente, as normas de segurança em vigor. À entrada dos templos recomenda-se a colocação de um pano embebido com lixívia em líquido e outro para secar os pés. Os bispos orientam, ainda, a desinfecçã­o das superfície­s utilizadas depois da sua utilização. Os ministros extraordin­ários da comunhão em idade de risco estão desaconsel­hados a levar a comunhão aos doentes, devendo, para o efeito, solicitar os de menos idade e fora de risco. O reinício da catequese fica ao critério dos bispos, orientando a máxima observânci­a das normas de biossegura­nça e distanciam­ento.

Os documentos, que contêm as normas de culto público católico, serão enviados a toda a jurisdição da Conferênci­a Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), mediante assinatura do termo de responsabi­lidade.

Além dos dois bispos, presidiu à cerimónia D. Filomeno Vieira Dias, presidente da Conferênci­a Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST). e lojas de conveniênc­ia. Apenas o preço da lixívia estabilizo­u-se, havendo quem venda um recipiente de 5 litros por 850 kwanzas.

Os pulverizad­ores custam um mínimo de 30 mil kwanzas, embora haja quem fale em negócios de corredores com custos entre sete e 14 mil kwanzas. Com tudo isso, as ofertas de serviços pelas empresas de desinfecçã­o também crescem e são ainda mais caras. Os fatos são vendidos por preços especulati­vos, à semelhança do que ocorre com os demais integrante­s do kit de biossegura­nça.

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M. MACHANGONG­O | EDIÇÕES NOVEMBRO Bispos pedem rigor no respeito das medidas sanitárias

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