Corrida aos kits de biossegurança
a busca pelos materiais de biossegurança alimenta um comportamento especulativo no mercado nacional.
Longe das caridades e doacções dos que professam a fé, as empresas e vendedores particulares viram na procura das igrejas por termómetros, lixívia, álcool em gel e pulverizadores um novo “el dourado” para quem os tem em stock.
Por exemplo, o termómetro agora já vendido por 55 mil kwanzas, custava 90 mil há dois meses.
Para quem vê na queda do preço um bom referencial, deve também preocuparse com a durabilidade. Ou seja, a diferença de preços reflecte a qualidade de uns e outros materiais à disposição, segundo vendedores contactados pelas redes sociais. A maioria em chinês e sem tradução em português nos catálogos, os clientes tentam saber por que razão não serem credenciadas entidades oficiais e com preços vigiados para que se possa comprar materiais regulamentados sem provocar-se uma onda inflaccionista.
Um certo cliente, que não se quis identificar, comprou 10 termómetros ao preço de 70 mil kwanzas cada. Passados dois dias, apercebeu-se de um outro vendedor da mesma marca e referência de aparelho com um preço de 55 mil. Para ele, a diferença de 15 mil kwanzas a olhar para as quantidades compradas chega a ser de uma injustiça total. Já o sabão, na referência azul (a mais recomendada), é também por isso mesmo a mais escassa, rara e cara. A barra que era vendida por 1.000 kwanzas agora já está a 2 mil em determinados fornecedores, uma subida de 100 por cento. Igual tendência continua a observar-se no custo dos frascos de álcool em gel, vendidos em supermercados, farmácias
Longe das caridades e doacções dos que professam a fé, as empresas e vendedores particulares viram na procura das igrejas por termómetros, lixívia, álcool em gel e pulverizadores um novo “el dourado” para quem os tem em stock