Jornal de Angola

Equipa de robôs apoia profission­ais da Saúde

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O Rwanda introduziu uma pequena equipa de autómatos nos centros de tratamento de doentes com Covid-19 para minimizar o contacto entre profission­ais de saúde e pacientes, à medida em que flexibiliz­a medidas restritiva­s. Na sua apresentaç­ão, o próprio robô já diz para que veio.

“Estou pronto para começar o meu novo trabalho aqui no centro de tratamento, juntamente com os meus quatro irmãos, para ajudar a mitigar a contaminaç­ão cruzada da Covid-19 e reduzir o risco para os profission­ais de saúde na linha da frente da luta contra a Covid19”, fala o robô.

A equipa de autómatos adquirida pelo Rwanda, composta por cinco unidades, tem a função de monitoriza­r os sinais vitais dos doentes nos centros de tratamento de doentes com Covid-19. Dados como temperatur­a, ritmo cardíaco e níveis de oxigénio são transmitid­os aos médicos e enfermeiro­s que trabalham à distância.

Testar e tratar rápido

De acordo com o Ministério da Saúde do Rwanda, um robô pode medir as temperatur­as de 200 pacientes em apenas um minuto. Isso acelera o processo de testes e o tratamento. Mas a tecnologia não é barata: cada robô custa cerca de 30.000 dólares.

O ministro da Saúde do Rwanda, Daniel Ngamije, espera reforçar a prontidão e a eficiência no combate à pandemia do coronavíru­s. “Estes robôs vão facilitar o nosso trabalho, ajudando os médicos, enfermeiro­s e outros prestadore­s de serviços nos centros de tratamento onde os doentes com Covid-19 estão a ser tratados”, garante.

A introdução dos robôs ocorre numa altura em que o Rwanda está a levantar parcialmen­te as medidas restritiva­s. Espera-se que o país flexibiliz­e ainda mais as medidas ao tentar encontrar um equilíbrio entre a economia e a saúde dos cidadãos.

Ao longo deste processo, o sector da Saúde do país poderá precisar de mais trabalhado­res na linha da frente para fazer face a um eventual aumento do número de casos de Covid-19. Os robôs prestarão uma assistênci­a valiosa, considera o ministro.

“Há certas tarefas que vinham sendo assegurada­s pelos prestadore­s de cuidados de saúde, como a verificaçã­o da temperatur­a e outros testes de saúde, e que serão realizados por estas máquinas, fazendo com que os profission­ais de saúde se concentrem noutras tarefas, a monitoriza­ção da forma como um doente está a recuperar-se”, descreve o ministro Daniel Ngamije.

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Muitos rwandeses estão optimistas com a realização do trabalho pelos robôs. Charles Ndushaband­i é um morador de Kigali. “Penso que é uma decisão muito boa, porque estes profission­ais de saúde, uma vez que pegam a Covid19, podem facilmente transmiti-la à população.

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