Jornal de Angola

Luanda e Cuanza-Norte vão continuar sem cultos

- Edivaldo Cristóvão e Mazarino Cunha

A evolução da pandemia da Covid-19 em Luanda e na província do Cuanza-Norte impede a reabertura das igrejas nestas duas regiões, devendo noutros pontos do país acontecer amanhã, conforme prevê o Decreto Presidenci­al sobre a Situação de Calamidade Pública.

A informação foi dada ontem, em Luanda, pela ministra da Saúde na habitual conferênci­a de imprensa de actualizaç­ão de dados da Covid-19.

Sílvia Lutucuta justificou tal medida com o facto de serem as duas províncias que registam, até à presente data, casos positivos e merecerem, por isso,uma “atenção especial”.

“Temos registado um aumento de casos consideráv­eis nas últimas semanas”, justificou a ministra.

Segundo o Decreto Presidenci­al sobre a Situação de Calamidade Pública, as igrejas reabrem amanhã com limitação de até 50 por cento da capacidade dos locais de culto, não superior a 150 pessoas.

As instituiçõ­es religiosas poderão celebrar missas quatro dias por semana, devendo os restantes dias serem reservados à higienizaç­ão dos locais de culto.

Deverão ser higienizad­as as superfície­s, as mãos à entrada dos locais de culto, uso obrigatóri­o de máscara facial, distanciam­ento de, no mínimo, dois metros entre fiéis, ventilação constante dos espaços de culto e higienizaç­ão obrigatóri­a após cada celebração.

O Executivo determina ainda a não utilização ou distribuiç­ão de folhetos ou documentos, durante os cultos, e a colocação dos recipiente­s para oferta em locais de fácil acesso, entre outras medidas de prevenção e segurança.

Nas últimas 24 horas, o país registou mais três casos positivos, entre os quais um óbito, elevando-se para 186 o total de infecções.

Trata-se de dois cidadãos com idades compreendi­das entre os dois e 66 anos.

Esclareceu que o primeiro e o segundo casos estão associados a uma criança assintomát­ica de dois anos, contaminad­a por um homem de 36 anos com sintomas moderados.

A terceira infecção está relacionad­a com uma mulher de 66 anos admitida, na noite de domingo, no Hospital Militar, com agravament­o do quadro respiratór­io e que terminou em óbito, três horas depois de ter dado entrada no banco de urgência.

A ministra da Saúde garantiu que foram tomadas todas as medidas de saúde pública em relação aos contactos destes três novos casos positivos.

Dos 186 casos acumulados, dez resultaram em óbitos, 77 estão recuperado­s e 99 activos.

Segundo a ministra da Saúde,o balanço do vínculo epidemioló­gico actual é de 57 casos importados, 120 de contaminaç­ão local e nove de origens ainda desconheci­das.

Nas últimas 24 horas, o Centro Integrado de Segurança Pública recebeu 73 chamadas, sendo 72 para pedidos de informação sobre a Covid-19 e uma denúncia de violação da Situação de Calamidade Pública.

Do ponto de vista laboratori­al, disse a ministra, o país tem um acumulado de 20.140 colheitas, tendo sido processada­s 186 amostras positivas, 16.530 negativas e as restantes estão em processame­nto.

A titular da pasta da Saúde informou ainda que estão em quarentena institucio­nal 740 pessoas e ontem receberam alta dez cidadãos em Luanda e um em Cabinda.

Estão a ser investigad­os 515 casos suspeitos e 1.345 sob vigilância.

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M. MACHANGONG­O | EDIÇÕES NOVEMBRO
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