Cinco bancos financiam 67 por cento do Prodesi APOIO À PRODUÇÃO
O crédito está estimado em 131,3 mil milhões de kwanzas, que representa o valor de 2,50 por cento dos activos, cujo agregado, em 2019, fixou-se nos Kz 5,25 mil milhões
Os bancos Angolano de Investimentos (BAI), de Fomento Angola (BFA), Económico (BE), Standard Bank Angola (SBA) e Caixa de Angola (BCGA) vão ser responsáveis por 67 por cento do total de crédito a conceder às empresas no âmbito do PRODESI.
O crédito está estimado em 131,3 mil milhões de kwanzas (216,5 milhões de dólares), que representa o valor de 2,50 por cento dos activos líquidos dos bancos, cujo agregado, em 2019, fixouse nos Kz 5,25 mil milhões, cerca de 17,71 por cento do Produto Interno Bruto.
Prevê-se um desembolso de 29,87 mil milhões de kwanzas por parte do BAI, a maior fatia, 29,72 mil milhões pelo BFA, 10,02 mil milhões do Económico, 9,67 mil milhões do Standard Bank e 8,72 mil milhões do Caixa, no top 5.
Esta obrigação creditícia é uma resposta ao Aviso nº 10/2020 do Banco Nacional de Angola, e abrange a totalidade de 24 bancos comerciais, dos 26 licenciados pela autoridade bancária.
De acordo com um documento do Ministério da Economia e Planeamento (MEP), até Abril, já tinham sido desembolsados créditos junto dos bancos SBA (15,95 mil milhões de kwanzas), para financiar a produção de café, milho e seus derivados, e o Finibanco (190 milhões de kwanzas), para a cadeia produtiva da madeira e derivados. Estão, de igual modo, contratualizados financiamentos diversos nos bancos Atlântico (cerca de 22 mil milhões de kwanzas), BIC (5,1 mil milhões de kwanzas) e SBA (10,8 mil milhões).
Programa de 54 produtos
O PRODESI é o acrónimo do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações. Foi aprovado pelo Decreto Presidencial nº 169/18 de 20 de Julho. É um programa executivo para acelerar a diversificação da produção nacional e geração de riqueza, num conjunto de produções com maior potencial de geração de valor de exportação e substituição de importações.
Para a sua concretização, o Executivo elegeu 54 produtos estratégicos.
Os indicadores disponibilizados na página do programa refere sobre a existência, ao todo, de 1.964 candidaturas. Do número avançado, 609 candidaturas são da agricultura (31,01 por cento), 1.018 do Comércio (51,83), 214 da Indústria Transformadora (10,9), 65 das Pescas (3,31) e 58 do Serviços Financeiros (2,95).
Até ao início do ano, estavam cadastrados mais de 15 mil produtores, dos quais 1.618 das províncias do Bengo e 1.514 do Uíge.