Consequências para a família e sociedade
O uso das drogas trás consequências no seio à sociedade, em particular às famílias, nomeadamente aos jovens, alertou a presidente da Comissão Administrativa da Cidade de Luanda.
Maria Antónia Nelumba defendeu o engajamento de todos na luta contra as drogas no nosso país.
“A desestruturação familiar, a vulnerabilidade natural da adolescência, bem como a influência das más companhias, o desemprego e as campanhas de bebidas alcoólicas são alguns factores que contribuem para o actual quadro preocupante”, sublinhou.
Durante a palestra, a directora do Centro de Reabilitação e Reinserção de Toxicodependentes do Bengo, Fausta da Conceição, mostrou que as mudanças no comportamento são sinais de consumo de droga. O furto, a mania de mentir, querer ser aquilo que não se aparenta, , são apenas consequências, acrescentou Fausta da Conceição.
“Exortamos as famílias a dar oportunidades a quem está a passar por esta situação para que tenha uma recuperação rápida. Devemos deixar de apenas julgar sem fazer nada para ajudar”, disse a gestora, enfatizando que o combate ao consumo excessivo de álcool e ao uso de drogas “é uma luta de todos, para o bem das famílias”.
Para Fausta da Conceição, o álcool é a pior droga que existe no país e que tem desestruturado muitas famílias. As pessoas que aparecem no centro em busca de ajuda varia dos desempregados aos empregados, que há anos lutam para abandonar o consumo de drogas. “Quando isso acontece, devemos aproveitar para ajudálos a conseguir superar esta situação triste a sociedade”, defendeu.
O sociólogo Paulo de Carvalho afirmou que as famílias têm muitas responsabilidades que devem ser revistas para evitar que os filhos evitem entrar no caminho das drogas. O também deputado advertiu os pais que a ausência deles contribui bastante, pelo facto de os filhos procurarem ajuda de estranhos que fingem ser amigos.
“Um amigo ajuda, não prejudica. Quando os pais saem de casa muito cedo para trabalhar e voltam de madrugada é muito prejudicial, porque não sabemos com quem eles passam o dia”, disse Paulo de Carvalho.