Certificação de laboratórios adoptada como estratégia
A certificação internacional dos laboratórios angolanos de prospecção geológica, análise e processamento foi adoptada como estratégia do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, com vista a reduzir as avultadas somas monetárias que o país emprega na obtenção desses serviços no estrangeiro.
A estratégia foi anunciada pelo titular do pelouro, Diamantino Azevedo, num “Seminário sobre Laboratórios de Apoio ao Sector” realizado quinta-feira, em Luanda, onde especialistas laboratoriais de várias empresas e de instituições académicas discutiram os mecanismos para tornar a produção nacional mais lucrativa por intermédio da utilização dos serviços nacionais da Engenharia Geológica.
De acordo com Moisés Marques, representante do Laboratório Central da Sonangol, a empresa petrolífera estatal está em fase avançada da implementação, até ao final do ano em curso, de uma rede de 15 laboratórios especializados em Química Ambiental, Microbiologia, Meteorologia, Higiene Industrial, Petróleo Bruto e outros ramos.
O técnico revelou que, na segunda fase, prevê-se duplicar o número de laboratórios, de modo a dar maior cobertura ao processo de homologação da produção, tendo em conta a excelente qualidade dos equipamentos e a capacitação da mão-deobra em curso.
O director de Mercado Artesanal da Sodiam, Ari de Almeida, fez uma abordagem detalhada da capacidade actual da empresa para vender diamantes dessa proveniência a preço mais justo no mercado internacional, ao contrário do que sucedia no passado, em que a falta de processos de limpeza e tratamento retirava competitividade à oferta.
Ari de Almeida destacou a importância do arranque, a partir de Dezembro, de um complexo de acidificação das pedras preciosas instalado em Luanda, devendo a cidade de Saurimo alojar uma unidade similar no próximo ano.
“O funcionamento destes laboratórios vai abrir uma nova etapa para a empresa e aumentar a liquidez, se tivermos em conta o valor agregado que a nossa produção terá em termos de comercialização”, assegurou Ari de Almeida.