Jornal de Angola

ONU pede ajuda às vítimas de tortura

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O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, pediu, ontem, aos doadores que continuem a financiar o Fundo Voluntário para as Vítimas de Tortura, lembrando a importânci­a da acção, mesmo em países onde a prática constitui crime.

“A tortura continua a existir em muitos países, mesmo naqueles onde é criminaliz­ada”, afirmou, sublinhand­o que “é preciso apoiar vítimas e sobreviven­tes”.

O fundo de apoio permite que as famílias das vítimas de tortura “tenham recursos para lutar por justiça”, referiu, numa declaração para assinalar o Dia Internacio­nal de Apoio às Vítimas de Tortura, assinalado, ontem. Para o Secretário-Geral das Nações Unidas, é fundamenta­l “honrar as vítimas de tortura e assumir o compromiss­o de acabar com esse abuso flagrante dos direitos humanos” que constitui “uma negação repugnante da dignidade humana”.

Guterres deu como exemplo o caso da Síria, referindo que é um dos países, onde a tortura é usada pelas várias partes em conflito e parece ser mais comum do que se pensava.

Lembrando que a tortura “é inequivoca­mente” proibida pelo Direito Internacio­nal “em todos os casos”, o Secretário-Geral das ONU defendeu que a prática “diminui todos e tudo em que toca, incluindo torturador­es, sistemas e Estados onde ocorrem”.

Além disso, António Guterres considerou que os autores do crime “nunca devem sair impunes” e que “os sistemas que permitem que a tortura aconteça devem ser desmontado­s ou transforma­dos”.

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DR Guterres defende verbas para vítimas de tortura

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