Jornal de Angola

Complexos pediátrico­s serão erguidos pelo país

- João Dias

O Presidente da República prometeu, ontem, a construção de modernos hospitais pediátrico­s pelo país, para dar resposta à elevada procura por tratamento de qualidade para as crianças. Ontem, entrou em funcioname­nto uma ala de serviços do Hospital Pediátrico de Luanda, com 135 camas (47 para cuidados intensivos, 19 de neonatolog­ia com seis incubadora­s e aparelho de fototerapi­a).

O hospital, localizado na cidade de Luanda, tem capacidade de 135 camas, das quais 47 nos cuidados intensivos, 19 de neonatolog­ia com seis incubadora­s e aparelho de fototerapi­a. O estabeleci­mento foi reabilitad­o, adaptado e apetrechad­o por quatro construtor­as a custo zero, no âmbito da responsabi­lidade social

O Presidente da República, João Lourenço, prometeu, ontem, em Luanda, a construção de mais hospitais pediátrico­s no país, para dar resposta às necessidad­es na assistênci­a médica e medicament­osa ao tratamento de crianças acometidas por diferentes doenças.

Em declaraçõe­s à imprensa, no termo da visita às novas instalaçõe­s do Banco de Urgência e Hospital Dia do Hospital Pediátrico de Luanda, o Titular do Poder Executivo considerou que a “unidade representa um passo importante para a resolução dos problemas de saúde da população, em particular da nossa criança”.

João Lourenço, embora não tivesse adiantado prazos e lugares, garantiu que o Governo vai replicar o novo complexo pediátrico de Luanda para noutras províncias. “O que temos de pensar é se será da mesma dimensão ou menor. O sector fará estudos e depois se verá, também em função das próprias capacidade­s financeira­s”, acentuou.

O ideal, disse, é fazer mais unidades destas em todo o país. “Anunciei (recentemen­te) que outras unidades estavam a ser preparadas para atender o Covid-19 e referi-me especifica­mente a esta. A vida é dinâmica. Sentamo-nos com a senhora ministra (da Saúde) e concluímos que, ao invés de estas instalaçõe­s ficarem dedicadas à luta contra o Covid-19, fossem adaptadas ao banco de urgência, internamen­to e unidade de cuidados intensivos do Hospital Pediátrico de Luanda”, esclareceu. João Lourenço mostrou-se satisfeito com o facto de as empresas de construção civil terem feito a adaptação que se impunha em tempo recorde. “Quem conheceu o banco de urgência do pediátrico David Bernardino que compare o que era e o que é esta”, sugeriu.

Mas, a satisfação deu lugar à preocupaçã­o, pois, para o Presidente da República, ter apenas uma unidade bem equipada desta dimensão em Luanda fará com que as crianças oriundas, não só dos diferentes municípios, mas também de outras províncias, acabem por superlotar a capacidade instalada e, com ela, o perigo de uma rápida degradação das mesmas.

Desconfina­mento

Devido ao aumento de casos de Covid-19, João Lourenço admitiu o recuo no desconfina­mento, caso a situação epidemioló­gica piore e recomenda prudência. “Nos outros países isto está a acontecer e, se nos descuidarm­os, também pode acontecer em Angola”, considerou o Presidente, para quem o país “não é especial”.

“Pode ser diferente, dependendo sempre do nosso comportame­nto e atitudes. Se o desconfina­mento for paulatino e responsáve­l, se os cidadãos continuare­m a usarem máscaras, lavar as mãos com frequência e manterem o distanciam­ento entre as pessoas, pode se fazer o desconfina­mento sem que haja o grande risco de aumentar os casos positivos”, disse, insistindo que “tudo depende de nós”. O Presidente da República fez, igualmente, um comentário sobre suposta existência, no país, de casos de contaminaç­ão comunitári­a pela Covid-19. João Lourenço lembrou que o anúncio da existência desses casos obedece a critérios, sobretudo os definidos pela Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS).

“Se, até aqui, as nossas autoridade­s sanitárias não anunciaram a existência de contaminaç­ão comunitári­a, significa dizer que a situação de Angola ainda não se enquadra nos critérios definidos pela OMS. Se acontecer - e quando vier acontecer as autoridade­s hão-de anunciar”, garantiu.

O Presidente já tinha estado no Hospital Pediátrico, a 12 de Maio deste ano e a Primeira-Dama, a 29 de Novembro de 2019.

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MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO
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MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO João Lourenço considerou que a unidade é um passo para a resolução dos problemas de saúde

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