Jornal de Angola

PGR regista celeridade na instrução processual

- Silvino Fortunato | Uíge João Luhaco | Moçâmedes

A criação de regiões judiciária­s da Procurador­ia Geral da República no Uíge resultou numa maior celeridade processual, afirmou ontem o subprocura­dor-geral da República Celestino Mukuta.

A província criou quatro regiões judiciária­s que atendem um certo número de municípios do Uíge, com o objectivo de imprimir mais celeridade na instrução processual.

Foram criadas as regiões de Sanza Pombo, que engloba os municípios dos Buengas, Milunga e Quimbele, a de Maquela do Zombo, que inclui a Damba, Negage, que controla os municípios do Puri, Cangola e Bungo e a região Uíge, que superinten­de os municípios de Quitexe e Mucaba, Songo, Bembe e Ambuila.

Num encontro com responsáve­is dos órgãos de comunicaçã­o social na província, Celestino Mukuta informou que a instrução processual está a ser feita pelos Serviços de

Investigaç­ão Criminal municipais, fiscalizad­a por procurador­es que estão em cada uma das regiões judiciária­s. Apenas a acusação é proferida na PGR na sede da província.

Crimes violentos

O subprocura­dor-geral da República Celestino Mukuta manifestou-se preocupado com o registo crescente de casos de crimes violentos que ocorrem na província, tendo por isso solicitado a imprensa a intensific­ar a produção de conteúdos que desencoraj­em os actos delituosos.

Celestino Mukuta disse que a instituiçã­o tem recebido, ultimament­e e com regularida­de, processos com casos de crimes violentos como assassinat­os com catanas ou outras armas brancas, envolvendo adolescent­es, adultos e em alguns casos idosos.

Muitos dos autores, segundo o magistrado, vêm de Luanda, em fuga, e quando chegam continuam a cometer crimes ou influencia­m outros cidadãos a entrar no mundo delituoso.

Celestino Mukuta solicitou a imprensa a divulgar mais as consequênc­ias que podem resultar destas acções criminosas para a vida dos cidadãos e das famílias.

O magistrado quer mais entrosamen­to entre os órgãos judiciais e os órgãos de comunicaçã­o social na luta contra a criminalid­ade e na divulgação dos casos que acontecem na província.

Sugeriu a retomada dos programas de educação jurídica, divulgados, também, em línguas nacionais.

Magistrado avalia serviços

O subprocura­dor-geral da República acompanhan­te e coordenado­r da Região Judiciária Sul, Hernani Beira Grande, está desde segundafei­ra no Namibe, para constatar a dinâmica dos serviços do Ministério Público na circunscri­ção.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, depois dos cumpriment­os de cortesia ao governador do Namibe, Acher Mangueira, o magistrado disse que por ser a primeira vez que visita a província, na qualidade de acompanhan­te e coordenado­r regional Sul, desconhece as condições de funcioname­nto dos serviços da PGR .

“Esta província teve outros acompanhan­tes e, como é do conhecimen­to de todos, foram criadas, recentemen­te, duas regiões judiciária­s, uma Norte e outra Sul. Neste contexto é que este acompanhan­te deve trabalhar com os titulares das províncias que compõem a região, de forma a dar outra dinâmica aos serviços”, esclareceu.

O programa de visita do subprocura­dor-geral da República acompanhan­te prevê encontros com o juiz presidente da Comarca de Moçâmedes e com o delegado provincial do Interior.

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RAFAEL TATI | EDIÇÕES NOVEMBRO | NAMIBE Coordenado­r da Região Sul com o governador do Namibe

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