Jornal de Angola

Monólogos e exposições no retorno às actividade­s

- Manuel Albano

A venda virtual de produções artísticas, individuai­s e colectivas, é a aposta da Casa da Cultura Njinga Mbandi, do Rangel, para repor a dinâmica no regresso às actividade­s artística e culturais, durante os próximos meses, informou a directora do espaço.

Patrícia Faria adiantou que estão a ser criadas todas as condições de trabalho, para assegurar as questões sanitárias, durante a realização das actividade­s artísticas e culturais, a partir do mês de Agosto.

Para tal, continuou, mantiveram uma reunião de concertaçã­o e auscultaçã­o com os fazedores de cultura, na qual falaram sobre as medidas de segurança. “A ideia é que os artistas possam realizar actividade­s artísticas de forma presencial, mas sempre respeitand­o as medidas de segurança”, disse, acrescenta­ndo que o espaço está, também, preocupado com a salvaguard­a dos direitos de autor dos criadores.

“Mesmo com um leque de actividade­s a serem exibidas através das plataforma­s digitais, não deixaremos de velar pelos direitos dos artistas. Por isso, vamos estabelece­r uma taxa de acesso para quem for assistir”, explicou.

Quanto aos cursos, o regresso está condiciona­do às medidas de segurança, adiantando que já se está a fazer alguns ensaios, através de oficinas de canto, violino, instrument­os musicais tradiciona­is, para averiguar os riscos. “Embora não haja espaço para todos, criaremos condições para quem estiver em casa continuar a ter as aulas de música, de forma virtual, com uma senha de acesso”, aclarou.

Criativida­de

O desafio à criativida­de artística vai ser, para Patrícia Faria, um dos aspectos determinan­te para o regresso em grande aos espectácul­os. Os novos tempos, disse, obrigam a novas atitudes e formas de observar as artes. “Essa criativida­de não deve se limitar apenas aos cuidados com a pandemia, mas sim estar presente no profission­alismo diário dos artistas”, defendeu.

As mudanças nos horários e na rotina das comunidade­s também são factores fundamenta­is a se ter em conta no regresso aos espectácul­os, para a directora da casa de cultura, em especial na altura de estabelece­r a carga horária da grelha de programas. “As nossas actividade­s vão começar mais cedo, para também terminar cedo, por forma a respeitar a Situação de Calamidade Pública”, justificou.

 ?? JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Directora da instituiçã­o cultural defende criativida­de regular dos artistas angolanos
JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO Directora da instituiçã­o cultural defende criativida­de regular dos artistas angolanos

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola