Actividade desportiva pode regressar sem pressa
defendeu que o regresso aos treinos e às competições oficiais, previsto para o sábado passado, 27 de Junho, pelo decreto presidencial que regula a situação de calamidade pública de combate à pandemia da Covid-19, tem de ser feito sem pressa.
“Não adianta tentar imitar outras realidades, quer a nível da América quer da Europa, fundamentalmente nos países desenvolvidos. Querer retornar muito rapidamente à actividade desportiva. As razões são totalmente diferenciadas das nossas. Enquanto eles têm uma indústria desportiva, nós não temos. O nosso desporto não está industrializado. Não estando industrializado, não há necessidade”, argumentou.
O dirigente reforçou a ideia de precipitação sustentada pela falta de condições de biossegurança, nomeadamente a capacidade de testagem de todos os elementos dos clubes, desde os atletas ao pessoal de apoio.
“A sobrevivência dos intervenientes no desporto desses países é totalmente diferente de Angola. Eles têm de retornar, porque os próprios estados beneficiam da actividade desportiva, através das receitas fiscais, ao passo que em Angola não há essa pressão. Mesmo sem competição, estamos a pagar na mesma. Com ou sem desporto, os clubes vão continuar a pagar. Os meios de financiamento dessas estruturas desportivas não têm nada a ver com o rendimento proveniente da exploração da imagem no desporto”.