Hospital Geral de Luanda com baixos casos de malária
A pandemia da Covid-19 tem obrigado os cidadãos a optar pelos centros de saúde e postos médicos próximos das áreas de residência
De Janeiro a Maio do corrente ano, o Hospital Geral de Luanda (HGL) registou 4.032 casos de malária, uma redução significativa, em comparação aos 10.742, que, no mesmo período de 2019, a unidade hospitalar registou.
A diminuição, na ordem de 6.710 casos, não se circunscreveu no atendimento aos pacientes acometidos de malária. A tuberculose e o HIV-Sida, com 344 e 339 casos registados, respectivamente, viram, igualmente, reduzido o número de pacientes atendidos. Em declarações ao Jornal
de Angola, o director geral do hospital, Carlos Zeca, afirmou que no período em referência foram assistidos 98.152 pacientes nos bancos de urgência, em distintas especialidades, sendo 31.066 em Medicina, 28.113, Pediatria, 12.827, Ortopedia, 12.281, Cirurgia, 10.009, Obstetrícia, 3.277, Ginecologia e 579 mil em Otorrinolangolorogia.
O gestor hospitalar apontou inclui a síndrome gripal, 2.505 casos, doenças respiratórias agudas, 1.392 casos e doenças diarreicas agudas, com 1.562 casos entre as enfermidades que mais afectaram as crianças que acorreram ao serviço de Pediatria. Em relação ao serviço de Maternidade, acrescentou, foram realizados 4.511 partos, dos quais 3.542 partos normais e 969 cesarianas.
“A malária, febre tifóide, doenças respiratórias agudas, hipertensão arterial, doenças diarreicas agudas e diabetes são as patologias mais frequentes”, reiterou.
Carlos Zeca alertou para o aumento do número de pacientes com doenças diarreicas e respiratórias agudas nesta época de Cacimbo. Indicou que a média de atendimento é de 450 pacientes por dia, dos quais entre 25 a 30 acabam internados.
“As enchentes poderiam ser acauteladas caso alguns pacientes fossem atendidos a nível dos cuidados primários de saúde. Assim, só receberíamos doentes graves”, disse.
Gestão da Covid-19
O director do HGL afirmou que a instituição está preparada para gerir casos da pandemia da Covid-19, com equipas multidisciplinares em protindão nos bancos de urgências para atender os eventuais casos suspeitos.
“Instalamos em cada banco de urgência um aparelho de fluxograma. O hospital tem uma tenda para o trabalho de triagem e um espaço para o isolamento de possíveis suspeitos”, informou.
Carlos Zeca garantiu que os medicamentos, materiais gastáveis e de biossegurança disponíveis no hospital são suficientes para o atendimento dos pacientes de urgência e emergência internados no hospital. Elogiou a entrega dos materias de biossegurança pela Central de Compra de Medicamentos e Equipamentos (CECOMA). Por outro lado, salientou que a instituição tem estado a dar formação aos profissionais de saúde sobre como lidar com a Covid-19.
“A média de atendimento é de 450 pacientes por dia. As enchentes poderiam ser acauteladas caso alguns doentes fossem atendidos a nível dos cuidados primários de saúde. Assim, só receberíamos doentes graves”