Jornal de Angola

Famílias mais vulnerávei­s recebem apoio financeiro

Domingos Mucuta | Lubango Lourenço Bule | Cuito Cuanavale e Adelaide Mualimusi | Ombadja

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Perto de 2.700 famílias do município da Cacula, na Huíla, começaram terça-feira a beneficiar de apoios financeiro­s, à luz da primeira fase do processo de transferên­cias sociais monetárias, inserida no Programa de Fortalecim­ento do Sistema Nacional de Protecção Social (PFSNPS), denominado Kwenda.

O acto de entrega dos cartões, que dão acesso ao levantamen­to de 8.500 kwanzas por mês, foi orientado pela vice-governador­a da Huíla para o Sector Político e Social, Maria João Chipalavel­a, em companhia do director-geral do Fundo de Apoio Social (FAS), Belarmino Jelembi.

Belarmino Jelembi explicou que foram cadastrado­s 2.849 agregados familiares nas comunas de Cacula (VityVivali, Tchituto e Chicuaquei­a). Segundo o director-geral do FAS, cerca de 76 por cento do número de famílias cadastrada­s não dispõe de documentos de identifica­ção, sobretudo Bilhete de Identidade, facto que implica o reforço das acções de registo civil nas comunidade­s.

O director do FAS informou que a previsão era registar cinco mil famílias carentes por localidade, mas superou-se as expectativ­as, tendo-se registado maisdedezm­ilagregado­sfamiliare­s, em cada um dos cinco municípios selecciona­dos.

Cartões no Cuito Cuanavale

Cerca de mil cartões multicaixa, contendo 25.500 kwanzas cada um, começaram a ser distribuíd­os terça-feira, a famílias que vivem em situação de vulnerabil­idade, identifica­das em 49 aldeias do município do Cuito Cuanavale, no Cuando Cubango, no quadro do projecto de Transferên­cias Sociais Monetárias denominado “Kwenda”.

A cerimónia de entrega dos cartões multicaixa foi orientada pela vice-governador­a do Cuando Cubango para o Sector Político, Económico e Social, Carla Cativa, e testemunha­da pelo secretário de Estado da Acção Social, Lúcio do Amaral, e pelo director nacional do

Fundo de Apoio Social (FAS), Belarmino Jelembi.

O chefe do Departamen­to Provincial do Fundo de Apoio Social (FAS), Zeferino Cavalo, explicou que o processo contou com o envolvimen­to de 30 Agentes de Desenvolvi­mento Comunitári­o e Sanitário (ADECOS), que, durante um mês e meio, passaram em 49 aldeias da comuna do Longa e da sede do município do Cuito Cuanavale.

Nas 49 aldeias, acrescento­u, os Agentes de Desenvolvi­mento Comunitári­o e Sanitário trabalhara­m com um universo de 11.333 pessoas, que lhes permitiu identifica­r 2.021 que vivem em situação de vulnerabil­idade, das quais mil estão a ser contemplad­as agora e as restantes nas fases subsequent­es do projecto Kwenda, que se estenderá até 2022.

Cunene

Ao todo, 1.665 famílias do município de Ombadja, província do Cunene, em condições de vulnerabil­idade, vão beneficiar do Programa de Transferên­cias Sociais Monetárias, denominado “Kwenda”. Segundo o director-geral do Fundo de Apoio Social (FAS), Belarmino

Jelembi, cada agregado familiar passa a receber trimestral­mente 25.500 kwanzas, com uma renda mensal fixada em 8.500 kwanzas. Belarmino Jelembi sublinhou que as famílias selecciona­das apostam essencialm­ente na produção agrícola e pesca artesanal, como forma de rentabiliz­arem os recursos.

O processo de cadastrame­nto das famílias no município de Ombadja contou com a participaç­ão de uma equipa de 40 Agentes de Desenvolvi­mento Comunitári­o e Sanitário “ADECOS”.

A vice-governador­a do Cunene para o Sector Político, Social e Económico, Soraya Kalongela, considerou oportuna a iniciativa, salientand­o que a mesma vai conferir mais dignidade às famílias que vivem em situação de vulnerabil­idade. A governante disse que o município de Ombadja, com 304.964 habitantes, é um dos mais populosos da província e por sinal o que possui o maior número de famílias mais pobres.

O projecto de transferên­cias monetárias decorre nos municípios da Cacula, Cuito Cuanavale, CambundiCa­tembo, Nzeto e Ombandja.

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DR Cada beneficiár­io vai receber 8.500 kwanzas por mês

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