Os governantes e a gestão da pandemia de Covid-19
A pandemia de Covid-19 continua a estar no centro das agendas políticas dos governantes de todo o mundo, não sendo hoje possível aos poderes públicos gerir os negócios do Estado sem ter em conta o grave problema de saúde pública causado por aquela doença. Na verdade, as políticas financeira e sanitária estão a ser gizadas em função da pandemia, e ninguém pode estar alheio ao facto de que a Covid19 é problema que pode durar ainda muito tempo, justificando-se a tomada de medidas, não só de contingência, mas também, e na medida do possível, de retomada da actividade económica. O director-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Ghebreyesus, alertou para o facto de que "o pior ainda está para vir", referindo -se ao coronavírus, que classificou de "rápido e assassino". Um dos problemas com que muitos governos se têm confrontado é o de combinar a luta contra a pandemia com a necessidade da retoma da economia. Não se trata de uma tarefa fácil, estando muitos governos a recorrer a empréstimos para poderem fazer face à crise económica e sanitária. É compreensível que muitos governos estejam a abrir as economias nos respectivos Estados, para evitar, por exemplo, que um número elevado de empresas (que podem criar muitos empregos) estejam paralisadas, mas é necessário não subestimar as medidas sanitárias para conter a propagação da pandemia de Covid-19. O desconfinamento gradual deve ser levado a cabo com enormes cautelas, para não termos de voltar a situações de rigoroso confinamento, com as consequências que todos nós já experimentámos e que muitos transtornos causam às pessoas. A pandemia de Covid-19 é, como afirmou recentemente o nosso Presidente da República, João Lourenço, "um inimigo poderoso, mortífero e traiçoeiro, por ser invisível, sem cor, sem cheiro." É bom que os especialistas e governantes estejam a alertar as populações para a perigosidade da pandemia de Covid-19, a fim de as levar a tomar as medidas necessárias à prevenção da doença. Os governantes de todo o mundo devem tomar consciência da gravidade da situação sanitária que o Globo vive, dando exemplos efectivos de empenho no combate à Covid-19, e da necessidade de que é preciso unir esforços para que a luta contra a pandemia seja cada vez mais eficaz em todos os continentes. Que os "cérebros " de todo o mundo continuem a trabalhar, ao nível da ciência, no sentido de rapidamente encontrarem soluções capazes de travar uma pandemia que muitos problemas está a causar a milhões de seres humanos, sobretudo de países que já tinham os seus sistemas de saúde debilitados.