Vacina: Pfizer vai ganhar a corrida?
Pfizer anunciou que a primeira das suas quatro vacinas experimentais contra a Covid-19, nomeadamente a que conta com a parceria da alemã BioNTech, funciona com humanos . A revista brasileira Exame avança que os resultados positivos fizeram com que as acções da Pfizer subissem mais de 4 por cento na bolsa norte-americana.
Os testes - ainda num estado muito inicial - mostraram resultados encorajadores nos 45 voluntários que participaram no estudo, segundo o New York Times.
Os participantes que receberam uma dose baixa ou média da vacina, em duas doses ministradas num intervalo de um mês, demonstraram imunidade à doença, apontam os resultados preliminares do estudo, ainda não revisto pelos pares.
Os efeitos colaterais foram semelhantes aos de outras vacinas, como dor no lugar da injecção e febre. Apesar das conclusões do estudo terem sido publicadas no site medRxiv, os cientistas ainda não as validaram. A Pfizer pretende avançar para um estudo em larga escala ainda este Verão.
Segundo a Exame, a vacina foi capaz de levar o corpo humano a produzir anticorpos contra a Covid-19 e alguns deles neutralizaram o vírus. No entanto, não se sabe se um nível mais elevado de anticorpos poderá gerar imunidade à doença.
Se o novo estudo concluir que sim, que a vacina é eficaz a gerar humanidade, a Pfizer conta produzir até 1, 2 mil milhões de vacinas até ao final de 2021.
Actualmente, há cerca de 15 candidatas a uma potencial vacina contra a Covid-19 a serem testadas em humanos em todo o mundo. As candidatas da Pfizer e da BioNTech usam uma parte do código genético do novo coronavírus para que o próprio organismo crie anticorpos para combater a doença.
No início desta semana, também a Inovio Pharmaceuticals divulgou, através de um comunicado à imprensa, que a vacina que tem vindo a desenvolver contra a Covid-19, também baseada em material genético, mostrou resultados encorajadores nos testes iniciais com 40 voluntários.