Livres ou nem por isso ...
que tiveram o pico de casos em Abril e que pensavam já se ter visto livres do vírus, mas passaram a registar novos casos, depois do desconfinamento. São os exemplos da Coreia do Sul, Austrália, Vietname ou Nova Zelândia. O conjunto de ilhas no remoto Pacífico pode isolar-se facilmente e combater o vírus. O Governo de Jacinda Ardern foi amplamente elogiado pela resposta agressiva, que levou a um período de 24 dias sem novos casos. Isso terminou quando os seus cidadãos começaram a regressar do exterior, tendo sido necessário decretar outras medidas para monitorar as pessoas à chegada à Nova Zelândia, por exemplo. Mas, em vez de isso ser um rude golpe nas esperanças neozelandesas de se tornarem livres de Covid, muitos especialistas vêem-no como evidência de um sistema de vigilância que geralmente funciona de maneira eficaz.
Já o Vietname garante não ter tido nenhuma morte por Covid-19 graças a um bloqueio rápido e rigorosos controlos de fronteira. Da mesma forma, a Coreia do Sul é elogiada pelo uso de tecnologia e rastreamento de contactos para reduzir o número de casos. O país tem registado novos focos, culpa de ajuntamentos em bares e discotecas em Seul, mas “nada preocupante”, segundo as autoridades. Apesar disso, o presidente da Câmara de Seul já avisou que, se os novos casos ultrapassarem os 30 durante três dias, as medidas de distanciamento social serão reimpostas. Uma resposta demasiado rígida, segundo alguns cidadãos, tendo em conta que há países onde há cerca de mil casos por dia, como é o caso do Reino Unido.
Israel também desconfinou e voltou a ter novos surtos, com origem em bares e festa. Segundo o jornal Times of Israel, o Governo pondera introduzir medidas de rastreamento através da geolocalização de telemóveis, um programa utilizado pelo Shin Bet, serviços de segurança internos israelitas, em operações de contra-terrorismo.