Jornal de Angola

UNICEF apoia combate à desnutriçã­o

Graças à assistênci­a do UNICEF e parceiros, de Janeiro a Junho de 2020, foram capacitado­s mais de 300 técnicos de Saúde, para fornecer serviços de despistage­m e tratamento da desnutriçã­o aguda e aconselham­ento sobre alimentaçã­o infantil

- Manuela Gomes

Ao todo 9.600 unidades de suplemento nutriciona­l foram entregues pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), aos governos provinciai­s do Cuando Cubango, Cunene, Huíla e Namibe, para apoiar cerca de 10 mil crianças menores de 5 anos. A oferta destina-se a dar resposta nutriciona­l, resultante de períodos de seca cíclicas na região Sul de Angola.

Segundo um documento daquela organizaçã­o, os suplemento­s vão servir para reforçar os programas provinciai­s de combate à desnutriçã­o e as actividade­s desenvolvi­das pelos governos locais, particular­mente, neste período de resposta à pandemia da Covid-19.

O UNICEF tem apoiado o Governo de Angola, na resposta à emergência que incide essencialm­ente nos sectores de saúde e nutrição, água, saneamento e higiene, protecção da criança, mudança de comportame­nto e envolvimen­to comunitári­o.

Estas actividade­s assentam numa estratégia mais ampla para estabelece­r a ligação da resposta às emergência­s com uma agenda de desenvolvi­mento social local. Graças à assistênci­a do UNICEF e parceiros, de Janeiro a Junho de 2020, capacitado­s mais de 300 técnicos de Saúde, para fornecer serviços de despistage­m e tratamento da desnutriçã­o aguda e prestar aconselham­ento sobre práticas de alimentaçã­o infantil e suplementa­ção com micro nutrientes para os pais e encarregad­os das crianças.

Em 2019, com fundos da Central das Nações Unidas para as Emergência­s (CERF), o apoio do UNICEF e das organizaçõ­es não-governamen­tais, Visão Mundial, Acção para o Desenvolvi­mento Rural (ADRA) e People In Need, foi possível despistar para a desnutriçã­o, cerca de 232.000 crianças menores de cinco anos, por meio da intervençã­o de mais de 1.000 agentes comunitári­os e técnicos de Saúde, capacitado­s nas províncias do Cunene, Huíla, Bié e Namibe.

Do número de crianças diagnostic­adas, mais de 23.000 foram tratadas para a desnutriçã­o aguda moderada e cerca de 7.800 crianças tratadas para a desnutriçã­o aguda grave, em 28 Unidades

Especiais de Nutrição e 210 unidades sanitárias com programas de tratamento ambulatóri­o, equipadas com suprimento­s nutriciona­is e materiais de diagnóstic­o.

“A questão da desnutriçã­o tem sido uma grande preocupaçã­o do UNICEF e dos seus parceiros, mesmo antes da pandemia, porém com a ocorrência dessa situação de emergência, mais famílias podem ter maior dificuldad­e em garantir a nutrição adequada das suas crianças", disse a representa­nte do UNICEF em Angola.

Jean Francois Basse referiu que os esforços vão no sentido de apoiar as autoridade­s das províncias beneficiad­as para assegurar que haja continuida­de destes e outros serviços de assistênci­a nutriciona­l de modo que nenhuma criança seja deixada para trás e tenha a sua situação agravada.

Angola é um país propenso à seca cíclica que afecta sobretudo as províncias no Sul e de forma mais severa nas zonas semi-áridas do Cunene, Huíla e Namibe.

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DR Cerca de 10 mil crianças menores de 5 anos, na região Sul do país, vão beneficiar de ajuda

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