Camponeses do Chinjenje clamam por apoios
Os camponeses do município do Chinjenje, província do Huambo, agrupados em cooperativa, consideram que a falta de apoio financeiro e de fornecimento de fertilizantes tem estado a inviabilizar a prática da actividade agrícola, em grande escala, pelo que clamam por apoios do ministério da Agricultura para o incremento da produção.
Os solos da região, aliado ao factor de clima “meio-tropical”, devido à aproximação com a província de Benguela, são excelentes e férteis para a produção de diversas culturas, pelo que “se houver apoios concretos, sem intermediários, é possível, em pouco tempo, incrementar a cadeia de produção”, avançaram.
Os camponeses pediram, em declarações ao Jornal de Angola, o auxílio do governo da província do Huambo para, em conjunto com o ministério da Agricultura e Pescas, estudar a possibilitar de acreditar alguns empresários do Chinjenje, como agentes oficiais, para a importação de imputes agrícola.
Preços elevados
A administradora-adjunta do Chinjenje assegurou que a inexistência de uma loja de comercialização de fertilizantes e outros equipamentos, constitui a maior dificuldade com que se deparam os camponeses, sendo, por este motivo, forçado a se deslocarem à sede da província à procura desses materiais, sobretudo de combate a praga.
“Há fertilizantes, no mercado paralelo e estabelecimentos comerciais de outras circunscrições, fora do município do Chinjenje, mas os preços são elevados. O facto deixa os camponeses sem capacidade de adquirir”, salientou Albertina Adriano, sublinhando, também, a necessidade de acreditação de empresários locais, mediante política de crédito, para atender às preocupações dos camponeses.
As famílias, como alternativa ao baixo poder de compra dos camponeses, disse a administradora-adjunta, têm utilizado outras técnicas agrícola, com a utilização de adubo orgânico doméstico para evitar a fraca produção.
O município do Chinjenje, considerado como o menos desenvolvido da província do Huambo, carece de muitas infraestruturas sociais, uma situação que tem provocado um êxodo da populacional para vizinha província de Benguela.
A população dedica-se, essencialmente, na produção do milho, batata, feijão, soja, mandioca, ginguba e sementes de diferentes hortícolas.