Edições Novembro gasta 200 mil euros/mês
A empresa Edições Novembro, proprietária do Jornal de Angola, Jornal Dos Desportos, Economia & Finanças, Jornal Metropolitano de Luanda, Ventos do Sul e O Planalto, gasta com aquisição de papel/mês aproximadamente 200.000 euros para tiragens residuais.
Para uma produção que satisfizesse um país vasto como Angola, a empresa teria de desembolsar mais de 500 mil por mês, segundo o administrador Executivo para Área Técnica, Produção e TIC, Rui Upalavela.
A gráfica da Edições Novembro produz, em média mensal, cerca de 600.000 exemplares, distribuídos pelos títulos existentes com registo de uma variação na produção de acordo com os stocks de matériasprimas, sobretudo o papel, o que obriga a empresa a racionar o número de exemplares produzidos, para evitar ficar sem jornais, principalmente, o diário Jornal de Angola.
A ameaça é quase permanente, segundo o administrador Executivo para Área Técnica, Produção e TIC, Rui Upalavela, uma vez que a empresa não consegue adquirir atempadamente e em quantidades suficientes quer de papel, quer de tintas, as chapas de impressão e outras matérias-primas.
“Estamos a dar passos para entrarmos no mundo digital, onde pensamos poder vir a ter uma mais rápida e maior penetração em todo o território nacional, chegando ao mesmo tempo a todas as províncias, municípios ou comunas, desde que existam redes de internet e sistema de pagamentos automáticos”, garante Rui Upalavela.
Esclarece que a produção gráfica consiste no processo de fabricação de materiais que são produzidos em indústrias gráficas digitais ou offset. Para o caso da Edições Novembro, a produção incide tão somente em offset, ou seja, a impressão dos títulos (jornais), pertencentes à empresa, em máquinas rotativas. Existem duas, sendo uma Uniman e uma Coroman, ambas da Man Roland, da Alemanha, em avançado estado de degradação facilmente observável na qualidade de impressão.
“Quando os jornais saem totalmente a cores é porque são impressos na Uniman, quando saem apenas com algumas páginas a cores, como agora, é porque estamos a usar a Coroman”, detalha o administrador técnico.
A exemplo de outras gráficas no país, avoluma-se um conjunto de dificuldades entre as quais o acesso às matérias-primas e peças de reposição que são 100 por cento importadas, um número bastante reduzido de quadros qualificados, para atender as necessidades de manutenção.