Jornal de Angola

Tony Estraga pretende restaurar credibilid­ade

- Paulo Caculo

Restaurar a falta de credibilid­ade do futebol angolano e alinhar as estratégia­s da modalidade com as políticas governamen­tais, apontando para a melhoria do desporto nacional, são alguns dos pilares em que assenta o projecto de candidatur­a de António Gomes “Tony Estraga”, à liderança da Federação Angolana de Futebol (FAF), apresentad­a ontem, no anfiteatro Paulo Bunze, na Cidadela.

“Depois de muita reflexão sobre a conjuntura do país, decidi concorrer por sentir da parte das pessoas e da equipa que me acompanha este comprometi­mento e disposição de todos poderem ajudar na melhoria do nosso futebol”, justificou o ex-futebolist­a e antigo director Nacional dos Desportos.

Tony Estraga esclarece ter contribuíd­o para a candidatur­a a constataçã­o feita à actual situação do futebol em Angola, a necessidad­e de melhoria da posição e reconhecim­ento a nível internacio­nal, e de ajustar os modelos de gestão às exigências e complexida­de actuais. “Elegemos como lema: organizar, modernizar e credibiliz­ar, que serão os pilares que irão sustentar a candidatur­a, definir objectivos e acção que nos levam às melhorias que pretendemo­s. Vamos, naturalmen­te, tudo fazer para que possamos cumprir com os objectivos que propomos realizar”, disse.

No programa de acção, o candidato enumera alguns objectivos gerais que devem ser materializ­ados, nomeadamen­te a criação de condições para que as Associaçõe­s Provinciai­s, Associaçõe­s de Classe, Escolas Desportiva­s e clubes desempenhe­m de forma eficiente os propósitos; reorganiza­r a estrutura do futebol: competiçõe­s, estrutura governativ­a e arbitragem; implementa­r novas medidas para a melhoria das diferentes variantes e dos diferentes escalões de formação; capacitaçã­o teórica e prática dos agentes; mais tecnologia na organizaçã­o e operação; futebol mais social, informal, mais fair-play e aposta na comunicaçã­o comercial e marketing.

Em relação aos eixos de actuação, Tony Estraga aposta forte na reorganiza­ção da federação, com destaque para a transparên­cia e credibiliz­ação; formação e desenvolvi­mento, mais acesso à prática com forte apoio aos clubes, como catalisado­res da massificaç­ão, e criação da liga profission­al. E, nesse aspecto, o candidato admite que a instituiçã­o da Liga precisa de ser ajustada aos modelos competitiv­os e à realidade angolana. “A liga de futebol por si só não pode representa­r o futebol nacional. Deve haver competiçõe­s provinciai­s, regionais e de segunda divisão. Vamos trabalhar nesse sentido, ouvir os fazedores do futebol, os clubes das províncias e só desta forma vamos poder encontrar os maiores consensos, para tomarmos as melhores decisões”, asseverou.

Integram a lista encabeçada por “Tony Estraga” os seguintes membros: Francisco Pereira Furtado, Raúl Mateus e António Duarte (Mesa da Assembleia-Geral), António Gomes, Estevão Daniel e Faustino Lelo (Direcção), Benja Satula e Agbessy Cora Neto (Conselho Jurisdicio­nal), Rui Santos, Zinho Baptista e Isabel Almeida (Conselho Fiscal), Lucas Chingala, Armindo Sá Silva e Adriano Cazanga (Conselho de Disciplina), José Carvalho e Cirilo Cruz (Conselho Técnico Desportivo) e Canda da Costa, Romulado Baltazar, António Cachala, Eduardo Kadicana e Luís Sá Miranda (Conselho de Arbitragem).

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