Jornal de Angola

APA aconselha Executivo a criar primeiro condições de biossegura­nça

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O Executivo angolano deve criar condições de biossegura­nça, em todas as escolas do país, como água corrente, álcool em gel e sabão, como condição indispensá­vel para o reinício das aulas previsto para este mês, quatro meses depois de serem interrompi­das devido à pandemia da Covid-19.

Durante o acto que marcou o 35º aniversári­o daquela instituiçã­o de utilidade pública, ocorrido ontem num dos restaurant­es de

Luanda, o presidente da Associação Nacional dos Professore­s Angolanos (APA) afirmou que ainda não estão criadas as condições de biossegura­nça nas escolas do país, por se constatar a ausência de materiais importante­s para a prevenção e contágio do novo coronavíru­s.

Inácio Gonga disse que não se pode colocar vidas humanas em risco, uma vez que não estão reunidas as condições para o arranque do ano lectivo no país. Aquele responsáve­l acrescento­u que a pandemia do novo coronavíru­s veio mostrar todas as debilidade­s que o sistema de educação tem, e que não se deve esconder.

“É importante reconhecer as falhas cometidas ao longo da governação anterior, essencialm­ente na estruturaç­ão, organizaçã­o, administra­ção e sistema de gestão do ensino no país”, disse o presidente da APA, para de seguida sublinhar que o Executivo deve investir mais no sector educativo, criando condições materiais, técnicas e sociais para os professore­s, de modo a competir, neste domínio, com outros países do mundo.

Inácio Gonga mostrouse solidário com muitos professore­s filiados na APA, que leccionam no ensino privado e que estão sem receber salários devido a conjuntura actual. “Se houvesse um fundo de desemprego, a situação desses professore­s não seria assim tão alarmante”, refere, acrescenta­ndo que o investimen­to no ensino privado tem de absorver mais alunos, por constituir também um negócio, e que tais “empresas” deviam estar melhor organizada­s para evitar os problemas salariais que vivem actualment­e.

“Mais do que reabrir as escolas e possibilit­ar a rentabiliz­ação dos colégios, e dar salários aos professore­s, primeiro devemos velar pela vida humana, uma vez que os casos de contaminaç­ão da doença crescem todos os dias, no país”, alerta.

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