Jornal de Angola

Pandemia atrasa fábrica de telemóveis

Numa primeira fase, estão previstos 150 novos postos de trabalho para a linha de produção de telemóveis (80 por cento destinados a trabalhado­res nacionais), que será a primeira a arrancar

- Miguel Gomes

Uma fábrica de telemóveis,

e computador­es portáteis, construída na Zona Económica Especial Luanda-Bengo (ZEE-LB), em Viana, está quase pronta e espera apenas pela normalizaç­ão das actividade­s económicas para ser inaugurada.

Uma fábrica de telemóveis, tablets e computador­es portáteis, construída na Zona Económica Especial LuandaBeng­o (ZEE-LB), em Viana, está quase pronta e espera apenas pela normalizaç­ão das actividade­s económicas para ser inaugurada. O investimen­to total da Afrione ronda os 15 milhões de dólares e terá uma capacidade de produção de mais de 100 mil aparelhos tecnológic­os por ano.

Os promotores da unidade fabril são os empresário­s de origem indiana do Grupo Contec Global, através da subsidiári­a Afrione, e o financiame­nto é assegurado pela linha de crédito de 2 mil milhões de dólares disponibil­izado a Angola pelos Emirados Árabes Unidos (EAU).

Numa primeira fase, estão previstos 150 novos postos de trabalho para a linha de produção de telemóveis (80 por cento destinados a trabalhado­res nacionais), que será a primeira a arrancar. Os preços dos aparelhos, segundo a previsão dos promotores, devem situar-se entre os 3 e 4 mil kwanzas, para os mais baratos, e cerca de 200 mil kwanzas para os mais evoluídos. O projecto prevê ainda a instalação de centros de distribuiç­ão fora de Luanda, sobretudo em Cabinda, Uíge, Huambo e Benguela. A produção de computador­es pessoais e outros acessórios, ainda sem data prevista, é outro dos objectivos dos promotores. Segundo Deslandes Rafael, antigo vice-presidente da Federação Angolana de Patinagem e coordenado­r de logística da Afrione em Angola, a inauguraçã­o oficial da fábrica está atrasada devido à pandemia da Covid-19. Os gestores da Afrione aguardam pela reabertura das ligações aéreas para voltarem ao país”, disse Rafael ao Jornal

de Angola. Neste preciso momento, está a ser apetrechad­o o laboratóri­o. A fábrica, dividida em três sectores (escritório­s, fabricação e armazename­nto), ocupa uma área de 1.140 metros quadrados e foi construída pela Zerca Angola.

Parceria com EAU

Para além da fábrica de telemóveis, a linha de crédito dos EAU está a financiar diversos projectos de investimen­to em Angola. O mais conhecido é a linha de montagem de tractores, mas também está prevista a instalação de uma fábrica de fertilizan­tes. A Fazenda América, dedicada ao sector agrícola, instalouse no Cuanza-Sul. Também estão previstos investimen­tos futuros na produção de electricid­ade e gás.

Para além dos referidos projectos, no dia 9 de Dezembro de 2019, Angola e os EAU assinaram, no Dubai, um memorando de entendimen­to no domínio dos Transporte­s, assente numa parceria estratégic­a para desenvolve­r e alavancar diversas iniciativa­s.

Tal como Angola, os EAU - uma confederaç­ão de monarquias árabes localizada­s no Golfo Pérsico - são membros da Organizaçã­o dos Países Exportador­es de Petróleo (OPEP). Possuem a sexta maior reserva de petróleo do mundo e uma das mais desenvolvi­das economias do Médio Oriente.

É um dos países mais ricos do mundo por Produto Interno Bruto (PIB) e por rendimento anual por habitante (54 mil e 607 dólares), de acordo com o Fundo Monetário Internacio­nal (FMI).

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Sahir Berry

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