África do Sul com mais de 10 mil infecções num só dia
A África do Sul registou ontem mais de dez mil casos de infecção com o novo coronavírus, segundo dados oficiais que foram divulgados e que revelam um recorde de contágios no país
Os 10.853 novos casos confirmados elevam o total para 187.977 desde Março, divulgou ontem o Ministério da Saúde.
O número total de mortos por Covid-19 é agora de 3.026, mais 74 em relação ao dia anterior.
Os casos confirmados continuam a aumentar na província de Gauteng, num lar de Joanesburgo e na capital, Pretória, que conta agora com quase um terço do total de casos registados no país.
As autoridades locais, citadas pela AP, apontam que as camas nos hospitais públicos estão cada vez mais ocupadas e as enfermeiras expressaram alarme face a situação.
As autoridades de saúde esperam um pico de contaminação após o afrouxamento gradual das restrições estabelecidas a 27 de Março.
A economia, por sua vez, deverá contrair mais de 7% este ano, a queda mais acentuada em 90 anos.
“Tentamos encontrar um equilíbrio (...) entre salvar as vidas de nosso povo e preservar os meios de subsistência, e é um equilíbrio delicado”, justificou na sexta-feira o Presidente Cyril Ramaphosa.
A África do Sul, o país mais desenvolvido economicamente do continente africano, também é aquele com o maior número de casos.
À frente da França
Segundo a Panapress, a África do Sul ultrapassou a França para ocupar a 16ª posição mundial da pandemia da Covid-19, depois de registar um novo recorde de 10.853 novos casos, em 24 horas.
De acordo com o Ministério sul-africano da Saúde, os actuais níveis de infecções no país já eram esperados, prevendo-se um aumento maior ainda, nos meses de Julho e Agosto, em todo o território nacional.
Espera-se igualmente “uma subida exponencial” no número de casos positivos, nas províncias com altos níveis de actividade económica, a começar por Gauteng e Cabo Ocidental, seguindo-se o Cabo Oriental e o KwaZulu-Natal.
A actualização diária oficial dos dados da pandemia mostra que a África do Sul contabilizou, só nos últimos sete dias, cerca de 50 mil novos casos, suplantando a França e o Bangladesh, agora situados, respectivamente, no 17º e no 18º lugares da classificação global de um universo de 215 países e territórios.
Com esta progressão, o país passa a ter a Alemanha, a Turquia e a Arábia Saudita como os seus próximos “alvos” mais imediatos, antes de disputar um lugar entre os 10 ou cinco mais infectados do Mundo.
A lista dos países mais infectados é actualmente liderada pelos Estados Unidos e pelo Brasil que concentram, sozinhos, mais de um terço do total mundial de 11,410 milhões de casos e 534 mil óbitos registados desde o início da doença.