Jornal de Angola

O financiame­nto das empresas em tempo de pandemia

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Sabe-se que a crise sanitária, causada pela pandemia de Covid-19, gerou uma crise económica que está a provocar enormes prejuízos a empresas em todo o mundo, e o nosso país não é excepção.

O sector empresaria­l em Angola está também a viver momentos difíceis, em consequênc­ia da crise económica que atingiu grandes, pequenas e médias empresas em todo o mundo, estando os governos de vários países a lutar incessante­mente para encontrar as soluções possíveis para manter em funcioname­nto unidades de produção, na perspectiv­a de se salvarem postos de trabalho.

Nenhum governo do mundo está sossegado perante o cenário actual de aumento crescente do desemprego, tendo em conta as repercussõ­es negativas da destruição de postos de trabalho na economia, e, consequent­emente, na vida das famílias .

O impacto da pandemia de Covid-19 na economia continua a ser severo, a julgar pelos estudos que são feitos por organizaçõ­es mundiais, entre as quais avulta a OIT (Organizaçã­o Internacio­nal do Trabalho).

Os dados disponívei­s sobre a situação laboral ao nível mundial são alarmantes, tendo-se registado a perda no segundo trimestre deste ano (Abril, Maio e Junho) de 400 milhões de empregos a tempo completo.

Não tem sido fácil para os governos, em termos financeiro­s, evitar o aumento da taxa de desemprego nos respectivo­s países, optando por soluções que possam agravar ainda mais a situação, com recurso por exemplo ao financiame­nto de micro, pequenas e médias empresas, com problemas de tesouraria.

Em face da actual crise económica mundial, que especialis­tas consideram ser a pior desde o fim da Segunda Guerra Mundial, os Estados têm decidido intervir mais nas economias, para que a actividade produtiva das empresas não paralise, não só para assegurar os empregos, mas também para que continue a haver oferta de bens e serviços.

Em Angola, a boa notícia é o facto de o BDA (Banco de Desenvolvi­mento de Angola) ter 4,5 mil milhões de kwanzas para financiar empresas e cooperativ­as agro-pecuárias .

Muitas empresas em Angola estão paralisada­s ou quase a paralisar, mas havendo a possibilid­ade de se financiare­m junto de instituiçõ­es bancárias, com baixos juros, elas podem voltar a produzir bens e serviços , evitando que muitos cidadãos vão ao desemprego.

Ainda bem que ao dinheiro que o BDA vai disponibil­izar para financiar unidades produtivas podem ter acesso cooperativ­as agro-pecuárias, que estão em condições de ajudar a alavancar um sector importante da nossa economia.

Sabe-se que parte consideráv­el da nossa população vive e trabalha no campo, pelo que faz sentido que não tenha sido subestimad­a a economia agrícola, que pode contribuir para resolver muitos dos nossos problemas económicos e sociais.

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