CARTAS DOS LEITORES
Parece estar a haver nesta fase de estado de calamidade pública algum incumprimento por parte dos cidadãos das regras de prevenção da Covid-19, o que pode dificultar o trabalho das autoridades sanitárias de neutralização das cadeias de transmissão da doença. Há pessoas que pensaram, não se sabe porquê, que, ao sairmos do Estado de emergência, tinha desaparecido o coronavírus e que podiam voltar à situação anterior à tomada de medidas preventivas decretadas pelo Executivo na sequência da declaração de pandemia de COVID-19 pela OMS. Soube que se está a organizar brigadas para junto da população se fazer um trabalho massivo, no sentido de as pessoas perceberem que o momento que vivemos é critico. Os casos de pessoas infectadas com o Coronavíruis estão a aumentar, e isso devia levar os cidadãos a serem eles próprios rigorosos no cumprimento das regras de prevenção definidas pelas autoridades sanitárias, como o distanciamento físico, o uso de máscaras e a frequente lavagem das mãos. Todo o mundo teme a transmissão comunitária. Mas não basta termos medo desse tipo de transmissão. Temos todos de nos comportar de modo a que não haja aumento de casos na comunidade. A Covid-19 é uma doença perigosíssima. As autoridades sanitárias têm feito a sua parte, ao divulgarem permanentemente as medidas preventivas necessárias para que não tenhamos muitos casos no pais, nem de infecções, nem de mortes, por causa do coronavírus. Penso que os chefes de família devem também nos lares dizer constantemente aos seus filhos ou educandos o que estes devem fazer para se prevenirem da doença. Há muitos jovens nas ruas a violarem as regras de prevenção.
Obras em tempo seco
Terminou a época das chuvas e era bom que as autoridades se preocupassem em tomar as medidas destinadas a evitar que haja problemas graves no tempo das chuvas, que geralmente causam
ESCREVA-NOS Cartas recebidas na Rua Rainha Ginga, 12-26 Caixa Postal 1312 - Luanda
ou por e-mail: transtornos aos cidadãos. Que se identifique já o que é preciso consertar, para que não voltemos a viver situações idênticas à de anos anteriores. Que se coloquem os nossos melhores quadros, ao nível da engenharia, a trabalhar no sentido de darem soluções a problemas recorrentes e que derivam das chuvas torrenciais que caem na capital do país, onde vivo. Ouço muitos especialistas a falarem em rádios sobre o que se deve fazer para que, por exemplo, Luanda tivesse menos problemas em termos de drenagem de águas pluviais. Gostava que esses especialistas, por sinal angolanos, fossem tidos e achados. Ao que me parece é que esses técnicos conhecem bem o nosso país e podem dar grandes contribuições à resolução de muitos dos nossos problemas. Os engenheiros angolanos que conhecem bem o nosso país devem passar a ser ouvidos, sem prejuízo de assistência técnica estrangeira, quando isso se justificar. Não devemos continuar a gastar muito dinheiro com consultoria estrangeira em casos em que angolanos podem dar resposta aos problemas que temos.