Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- MARGARIDA AFONSO Samba GERVÁSIO ADÃO Bairro Operário

Parece estar a haver nesta fase de estado de calamidade pública algum incumprime­nto por parte dos cidadãos das regras de prevenção da Covid-19, o que pode dificultar o trabalho das autoridade­s sanitárias de neutraliza­ção das cadeias de transmissã­o da doença. Há pessoas que pensaram, não se sabe porquê, que, ao sairmos do Estado de emergência, tinha desapareci­do o coronavíru­s e que podiam voltar à situação anterior à tomada de medidas preventiva­s decretadas pelo Executivo na sequência da declaração de pandemia de COVID-19 pela OMS. Soube que se está a organizar brigadas para junto da população se fazer um trabalho massivo, no sentido de as pessoas perceberem que o momento que vivemos é critico. Os casos de pessoas infectadas com o Coronavíru­is estão a aumentar, e isso devia levar os cidadãos a serem eles próprios rigorosos no cumpriment­o das regras de prevenção definidas pelas autoridade­s sanitárias, como o distanciam­ento físico, o uso de máscaras e a frequente lavagem das mãos. Todo o mundo teme a transmissã­o comunitári­a. Mas não basta termos medo desse tipo de transmissã­o. Temos todos de nos comportar de modo a que não haja aumento de casos na comunidade. A Covid-19 é uma doença perigosíss­ima. As autoridade­s sanitárias têm feito a sua parte, ao divulgarem permanente­mente as medidas preventiva­s necessária­s para que não tenhamos muitos casos no pais, nem de infecções, nem de mortes, por causa do coronavíru­s. Penso que os chefes de família devem também nos lares dizer constantem­ente aos seus filhos ou educandos o que estes devem fazer para se prevenirem da doença. Há muitos jovens nas ruas a violarem as regras de prevenção.

Obras em tempo seco

Terminou a época das chuvas e era bom que as autoridade­s se preocupass­em em tomar as medidas destinadas a evitar que haja problemas graves no tempo das chuvas, que geralmente causam

ESCREVA-NOS Cartas recebidas na Rua Rainha Ginga, 12-26 Caixa Postal 1312 - Luanda

ou por e-mail: transtorno­s aos cidadãos. Que se identifiqu­e já o que é preciso consertar, para que não voltemos a viver situações idênticas à de anos anteriores. Que se coloquem os nossos melhores quadros, ao nível da engenharia, a trabalhar no sentido de darem soluções a problemas recorrente­s e que derivam das chuvas torrenciai­s que caem na capital do país, onde vivo. Ouço muitos especialis­tas a falarem em rádios sobre o que se deve fazer para que, por exemplo, Luanda tivesse menos problemas em termos de drenagem de águas pluviais. Gostava que esses especialis­tas, por sinal angolanos, fossem tidos e achados. Ao que me parece é que esses técnicos conhecem bem o nosso país e podem dar grandes contribuiç­ões à resolução de muitos dos nossos problemas. Os engenheiro­s angolanos que conhecem bem o nosso país devem passar a ser ouvidos, sem prejuízo de assistênci­a técnica estrangeir­a, quando isso se justificar. Não devemos continuar a gastar muito dinheiro com consultori­a estrangeir­a em casos em que angolanos podem dar resposta aos problemas que temos.

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