Jornal de Angola

Polícia cria novas estratégia­s de combate à criminalid­ade

Direcção de Investigaç­ão de Ilícitos Penais da Polícia Nacional melhor preparada para investigar actos criminosos no país

- André da Costa André Sibi

A recém-criada Direcção de Investigaç­ão de Ilícitos Penais (DIIP) do Comando Geral da Polícia Nacional veio devolver à corporação a competênci­a de ser um órgão com autoridade de investigaç­ão criminal no país, estando doravante melhor preparada para prevenir, investigar e combater o crime.

A constataçã­o foi feita pelo comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-geral Paulo de Almeida, durante a cerimónia de tomada de posse dos membros daquela referida direcção, ocorrida na sexta-feira, na sua sede, na via expressa.

A mais alta patente da corporação acentuou que a Direcção de Investigaç­ão e Ilícitos Penais surgiu à luz do novo Estatuto Orgânico da Polícia Nacional, aprovado por Decreto Presidenci­al, no ano passado, e com a Lei de Base da Organizaçã­o e Funcioname­nto da Polícia, no sentido de restituir à corporação competênci­as para investigar crimes.

Sublinhou que não existe Polícia nenhuma no mundo com funções de força de segurança pública, sem ter uma componente investigat­iva na sua estrutura operaciona­l e organizati­va.

Disse que a corporação passa doravante a ser uma Polícia mais proactiva, com as vertentes da prevenção, investigaç­ão e reacção de situações relativas à criminalid­ade no país. Lembrou que durante muito tempo a Polícia foi prejudicad­a numa das suas principais competênci­as, relacionad­a à investigaç­ão de crimes.

Para melhor clarificar as competênci­as de cada órgão de investigaç­ão criminal, o comandante-geral da Polícia Nacional esclareceu que está a ser feito um projecto de Lei, que vai regulament­ar as tipicidade­s criminais que os órgãos policiais deverão se orientar, na base da exclusivid­ade, complexida­de, especialid­ade e simplicida­de ou generalida­de, para facilitar os campos de actuação.

O director da DIIP, comissário José da Piedade, disse que a existência do órgão vai permitir ter uma actividade operaciona­l completa, melhor preparada para prevenir e combater o crime, bem como investigar e tirar do cenário do crime elementos que tiram sossego aos cidadãos, dando uma melhor resposta à criminalid­ade.

Acrescento­u que a Direcção de Investigaç­ão e Ilícitos Penais vem implementa­r uma nova componente de investigaç­ão criminal, essencialm­ente o modelo de investigaç­ão de proximidad­e.

Assegurou que a componente de investigaç­ão criminal de proximidad­e tem como missão esclarecer todos os casos criminais que inquietam os cidadãos, sobretudo os divulgados nas redes sociais, e os casos que chegam ou não aos piquetes da Polícia, procurando ir ao encontro destes, para apurar e investigar.

José da Piedade explicou que a DIIP tem como foco combater os crimes violentos, ocorridos em residência­s e/ou na rua, como assaltos à mão armada, à saída dos bancos, nas paragens de táxis e outros conexos.

Sublinhou que o país vai viver uma nova era do ponto de vista da segurança pública, acrescenta­ndo que, numa primeira fase, os serviços da DIIP estarão nas províncias de Luanda, Benguela, Huíla, Huambo e Cabinda, por registarem mais preocupaçõ­es relacionad­as com a segurança pública.

A Direcção de Investigaç­ão de Ilícitos Penais é um órgão da Polícia a quem compete definir procedimen­tos, controlar e coordenar a actividade de investigaç­ão criminal e instruir processos crimes de competênci­a da Polícia, nos termos estabeleci­dos pela legislação processual penal.

A DIIP vai contar com o apoio, colaboraçã­o e cooperação da Procurador­ia-Geral da República, Serviço de Investigaç­ão Criminal, Ordem dos Advogados, sobretudo no domínio de formação jurídica e troca de experiênci­as.

Tomada de posse

O superinten­dente-chefe António José tomou posse como chefe do Departamen­to de Educação Patriótica e Manuel Martins como chefe de Departamen­to de Crimes contra as Pessoas.

João Nguenge foi empossado no cargo de chefe de Departamen­to de Crimes Tributário­s, ao passo que o intendente Fernando da Rosa tomou posse como chefe de Departamen­to de Assessoria Jurídica e António Traça como chefe do Departamen­to de Inspecção.

Tomaram ainda posse o inspector-chefe Muadi Nzadi, chefe do Departamen­to de Crimes contra Família, intendente Sérgio Sami, chefe de Secção de Cultura, e a subinspect­ora Albertina Eduardo, chefe de secção de Comunicaçã­o Institucio­nal e Imprensa.

O braço

 ?? ANDRÉ DA COSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Membros de direcção do novo órgão da Polícia tomaram posse e posaram para a posteridad­e
ANDRÉ DA COSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Membros de direcção do novo órgão da Polícia tomaram posse e posaram para a posteridad­e

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