Sete novas infecções em 24 horas
Sílvia Lutucuta sublinhou que o número de pessoas em festas, bares, restaurantes e pedonais para exercícios físicos constitui uma preocupação para a Comissão Multissectorial, que “está a estudar medidas de restrição”
Angola poderá recuar em algumas medidas de desconfinamento, admitiu ontem, em Luanda, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.
Ao falar durante a conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia da Covid-19 em Angola, Sílvia Lutucuta não especificou as áreas em que o Governo pretende criar novas restrições, mas lamentou a falta de cumprimento das medidas por parte de muitos cidadãos.
“Estamos a ver muita gente sem máscaras faciais e outras pessoas com as máscaras colocadas no queixo e sem manter o distanciamento recomendado pelas autoridades sanitárias”, frisou.
Sílvia Lutucuta sublinhou que o número de pessoas em festas, bares, restaurantes e pedonais para exercícios físicos constitui uma preocupação para a Comissão Multissectorial, que “está a estudar medidas de restrição”.
Relativamente ao reinício das aulas nos subsistemas do II ciclo do ensino secundário e universitário, a ministra da Saúde reafirmou que tudo dependerá da evolução epidemiológica.
Sílvia Lutucuta garantiu que o Ministério da Educação está a trabalhar para encontrar medidas adequadas para o reinício das aulas de forma segura.
O país registou, nas últimas 24 horas, sete novos casos positivos da Covid-19, dos quais dois de transmissão local e cinco sem vínculo epidemiológico.
A ministra manifestou preocupação com a situação epidemiológica na capital, numa altura em que se contabilizam
353 casos positivos, dos quais 19 óbitos, 108 recuperados e 226 activos.
Dos 226 casos activos, frisou, nove requerem cuidados especiais, dois estão em estado crítico e os restantes clinicamente estáveis em unidades sanitárias de referência.
A governante informou que existem 54 casos positivos da Covid-19 sem vínculo epidemiológico, uma situação que preocupa as autoridades sanitárias.
Nas últimas 24 horas foram processadas 233 amostras, das quais sete positivas e 226 negativas.
A ministra reportou que o
laboratório do Instituto Nacional de Saúde recebeu, no total, 28.667 amostras. Destas 353 resultaram positivas, 21.914 negativas e 6.400 estão em processamento.
O Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) recebeu nas últimas 24 horas 64 chamadas, das quais duas denúncias de casos suspeitos e 62 relacionadas com pedidos de informação.
Em quarentena institucional foram dadas 19 altas, em todo o país, sendo sete na Lunda-Norte e Huíla. As províncias do Huambo e Bié registaram três altas cada e Zaire uma alta.