Lembrança do Presidente
O Chefe de Estado lembrou, na sexta-feira, em Luanda, na inauguração do Instituto de Geologia, que o país tem de começar a explorar todos os recursos que tem para reduzir a dependência do petróleo e diamantes. O alerta do Presidente, não por culpa dele, chega tarde, pois se tivesse sido feito no “tempo das vacas gordas” não estávamos hoje na situação em que estamos. E não foi por falta de programas e projectos. Que os houve, mas aproveitados por uns quantos em prejuízo da maioria. A esta servem apenas para provar que se “de boas intenções está o inferno cheio”, de más, então, é melhor nem falar. De nada vale, porém, “chorar sobre o reino derramado”, temos é de olhar em frente, na esperança de não vermos repetidos erros que continuam - e hão-de continuar - a sair-nos multiplamente caros por causas sobejamente conhecidas. A produção nacional há-de vir a livrar-nos da escandalosa dependência das exportações, principalmente de produtos que devíamos ter a preços acessíveis a todas as famílias, jamais, como ainda sucede, concorrentes daqueles que compramos no estrangeiro. Luanda, por exemplo, já teve indústria artesanal, como a de fabrico de vassouras, abanos, esteiras, balaios, carteiras de mão, sacos. Que agora ajudavam a reduzir importações e a combater os malefícios do plástico. O Presidente lembrou o que jamais devia ter sido esquecido. Que os empresários, pequenos,. médios ou grandes, dignos desse nome, deitem mãos à obra.