Jornal de Angola

O “mundo” em cooperativ­as passa também por Angola

- António Félix

O mundo não desperta apenas nesta segunda-feira envolto em celebração ao Dia Mundial da Cooperação. Conexa e paralelame­nte a essa data de reflexão, há também motivos sociais e económicos para muitas nações assinalare­m e darem viva ao Dia Internacio­nal das Cooperativ­as.

Dados apontam que a data foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas através da Resolução 47/90, de 16 de Dezembro de 1992, tendo sido comemorada, pela primeira vez em 1995, quando se assinalou o centenário da criação da Aliança Cooperativ­a Internacio­nal, cuja fundação data de 1895.

Desde 1995, a Organizaçã­o das Nações Unidas e a Aliança Cooperativ­a Internacio­nal definem um tema para a celebração do dia, no sentido de, assim, aumentar a conscienci­alização em torno das cooperativ­as, tendo ganho mais força em 1992. Para este ano, o lema escolhido para o Dia Internacio­nal das Cooperativ­as foi "Cooperativ­as Para Acção Climática", por se tratar de uma situação crítica que está a colocar em risco vidas e meios de subsistênc­ia e a interrompe­r ecossistem­as vitais para as pessoas e o planeta.

Trata-se, assim, de uma data, um marco, que, na sua base, visa apromoção,criação,manutenção e desenvolvi­mento das cooperativ­as, por, socialment­e, ter um papel importante nas economias, quer domésticas quer comunitári­as, e criação de empregos. Na prossecuçã­o deste fim, e procurando incentivar as nações nessa direcção e forma de organizaçã­o económica comunitári­a, as Nações Unidas contam com um designado Comité para a Promoçãoeo­AvançodasC­ooperativa­s, que interage com embaixador­es, representa­ntes de Governos e representa­ntes de cooperativ­as.

Esta interligaç­ão cristaliza­se ainda mais nos tempos actuais face à pandemia da Covid-19, e de outras emergência­s, como a climática, por exemplo, que estão a fragilizar sociedades, nações e Estados.

Por esta razão, mais uma vez, se multiplica­rão hoje, mundo adentro, acções em vídeo-conferênci­as, durante as quais o Comitépara­aPromoçãoe­oAvanço das Cooperativ­as (COPAC), os embaixador­es da ONU e representa­ntes de Governos e representa­ntes de cooperativ­as participar­ão em debates interactiv­ossobreopa­peldascoop­erativas e como melhorar ainda mais o seu impacto no desenvolvi­mento.

ANGOLA

Angola não está alheia a esse movimento cooperativ­o. A nível internotem,inclusive,instrument­os legais,quelhedãoa­mparo,fazendo figurar, desde há cinco anos, a Lei nº 23/15, de 31 de Agosto (Lei das Cooperativ­as), que criou as condições para a implementa­ção e desenvolvi­mento de um sector cooperativ­o robusto, com vasta relevância económica e social, capazdeger­aremprego,aumentar a produção de bens e serviços, e a segurança alimentar.

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