O “mundo” em cooperativas passa também por Angola
O mundo não desperta apenas nesta segunda-feira envolto em celebração ao Dia Mundial da Cooperação. Conexa e paralelamente a essa data de reflexão, há também motivos sociais e económicos para muitas nações assinalarem e darem viva ao Dia Internacional das Cooperativas.
Dados apontam que a data foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas através da Resolução 47/90, de 16 de Dezembro de 1992, tendo sido comemorada, pela primeira vez em 1995, quando se assinalou o centenário da criação da Aliança Cooperativa Internacional, cuja fundação data de 1895.
Desde 1995, a Organização das Nações Unidas e a Aliança Cooperativa Internacional definem um tema para a celebração do dia, no sentido de, assim, aumentar a consciencialização em torno das cooperativas, tendo ganho mais força em 1992. Para este ano, o lema escolhido para o Dia Internacional das Cooperativas foi "Cooperativas Para Acção Climática", por se tratar de uma situação crítica que está a colocar em risco vidas e meios de subsistência e a interromper ecossistemas vitais para as pessoas e o planeta.
Trata-se, assim, de uma data, um marco, que, na sua base, visa apromoção,criação,manutenção e desenvolvimento das cooperativas, por, socialmente, ter um papel importante nas economias, quer domésticas quer comunitárias, e criação de empregos. Na prossecução deste fim, e procurando incentivar as nações nessa direcção e forma de organização económica comunitária, as Nações Unidas contam com um designado Comité para a PromoçãoeoAvançodasCooperativas, que interage com embaixadores, representantes de Governos e representantes de cooperativas.
Esta interligação cristalizase ainda mais nos tempos actuais face à pandemia da Covid-19, e de outras emergências, como a climática, por exemplo, que estão a fragilizar sociedades, nações e Estados.
Por esta razão, mais uma vez, se multiplicarão hoje, mundo adentro, acções em vídeo-conferências, durante as quais o ComitéparaaPromoçãoeoAvanço das Cooperativas (COPAC), os embaixadores da ONU e representantes de Governos e representantes de cooperativas participarão em debates interactivossobreopapeldascooperativas e como melhorar ainda mais o seu impacto no desenvolvimento.
ANGOLA
Angola não está alheia a esse movimento cooperativo. A nível internotem,inclusive,instrumentos legais,quelhedãoamparo,fazendo figurar, desde há cinco anos, a Lei nº 23/15, de 31 de Agosto (Lei das Cooperativas), que criou as condições para a implementação e desenvolvimento de um sector cooperativo robusto, com vasta relevância económica e social, capazdegeraremprego,aumentar a produção de bens e serviços, e a segurança alimentar.