Ex-militares na agricultura
O município
do Buco-Zau, província de Cabinda, beneficiou de 300 milhões de Kwanzas para apoiar os projectos de integração socioeconómica dos ex-militares, entreoutrasacçõesnosdomínios da Educação e da Saúde, executados no âmbito do Programa Nacional de Combate à Fome e à Pobreza.
O administrador esclareceu que 70 por cento do valor é destinado à implementação de vários projectos produtivos, nas áreas da agricultura, piscicultura, criação de suínos , galináceos e noutras actividades. O referido projecto, sublinha, envolve mais de 312 exmilitares, dos quais 202 optaram pela actividade do comércio, alfaiataria e serralharia, enquanto o resto actua na actividade agrícola e criação de animais.
“Temos já disponíveis 210 milhões de Kwanzas, para investir em projectos de apoio aos ex-militares, na vertente da agricultura, nomeadamente, na piscicultura, criação de suínos e galináceos”, finalizou. comunas de Massábi, TandoZinze e Buco-Zau, numa extensão de 112 hectares.
Os resultados são animadores e a primeira safra ultrapassou a expectativa. Agora, o empecilho está no escoamento e na falta de compradores. Segundo o administrador José Macaia, por falta de compradores, mais de 4,6 toneladas de café estão armazenadas nas residências dos produtores e nos campos de cultivo, enquanto o cacau é consumido pela população local.
“Os empresários nacionais e estrangeiros que demonstraram interesse na aquisição do nosso produto, têm agora imensas dificuldades, devido ao surgimento da pandemia da Covid-19. Isto constitui uma grande preocupação para nós, porque desmotiva os produtores ao ponto de comprometer o projecto”, lamenta.
José Macaia acrescenta que a produção da banana, ananás, abacate, mandioca e citrinos (laranja, limão e tangerina) é, também, afectada pela falta de escoamento e de compradores. “Os camponeses da região estão agastados, porque os gastos superam os benefícios”, sustenta.