Bailundo quer regularizar a toponímia
O processo de regularização da toponímia das principais ruas da vila do Bailundo, a 75 quilómetros a Norte da cidade do Huambo, está a dependente do aval do Ministério da Administração do Território (MAT).
Em declarações à Angop, o chefe de repartição de Fiscalização do município do Bailundo, Salvador Júnior Gonga, disse tratar-se de uma iniciativa local que visa, entre outros objectivos, homenagear os heróis da luta contra a opressão colonial portuguesa, com a atribuição dos nomes às ruas.
Segundo Salvador Gonga, a administração municipal fez tudo o que lhe competia, cumprindo a Lei de Bases da Toponímia (Lei nº 14/16).
Falta, agora, a autorização do MAT, cujo prazo de resposta, disse, já está vencido. Por isso, defendeu que se continue a pressionar aquele departamento do Executico, para a materialização do projecto.
A administração do Bailundo pretende colocar placas de identificação com nomes de figuras histórias, políticas, religiosas e tradicionais, em reconhecimento por aqueles que tudo fizeram para que o município e o Planalto Central, em geral, “se mantivessem firmes aquando da ocupação colonial”.
Salvador Gonga considerou que a homenagem àquelas figuras na nova toponímia visa, igualmente, conservar e divulgar o património histórico-cultural do Bailundo, onde se encontra o “poderoso reino da tribo Ovimbundu”, símbolo de resistência do povo contra a ocupação colonial, que, muitos anos depois do aparecimento (no Século XV), continua a marcar a História e a tradição nacional.
Paralelamente, acrescentou, a administração do município deu início, esta semana, à colocação de placas de sinalização e identificação territorial das comunas, além de tabuletas de indicação, ao longo das vias, para uma melhor localização das áreas de destino, por parte de viajantes.
Fundado a 16 de Julho de 1902, pelo português Teixeira da Silva, Bailundo ascendeu à vila no mesmo ano, através do Decreto-Lei nº 54.