Jornal de Angola

Depois do Mártires, hoje há testes no Asa Branca

- Alberto Pegado e Xavier António

Os vendedores do Mercado do “Asa Branca”, no município do Cazenga, em Luanda, são hoje, a partir das 8 horas, submetidos à testagem aleatória em massa, que as autoridade­s sanitárias levam a cabo, face aos conglomera­dos de alto risco. O anúncio foi feito, ontem, pelo secretário de Estado para a Saúde Pública.

Franco Mufinda informou que as autoridade­s sanitárias continuam a intensific­ar a testagem em massa nas comunidade­s, com foco nos mercados, grupos de risco e centros de saúde sentinelas. Nestes locais, acrescento­u, estão a ser utilizados testes rápidos serológico­s.

“Temos uma alta taxa de sensibilid­ade que nos permite realizar o rastreio mais seguro em determinad­as populações. Já vamos no terceiro dia que realizámos testes nos mercados”, precisou.

O governante, que interveio na sessão de actualizaç­ão de dados da Covid-19, lembrou que, ainda ontem, deu-se sequência ao rastreio no bairro Mártires do Kifangondo, entre as ruas 16 e 20, onde foram testadas mil pessoas.

Franco Mufinda informou, por outro lado, que há três caminhos de testes, o primeiro resulta na base de sangue (IGG), que conclui que existe imunidade, ou seja, em alguma vez, a pessoa teve contacto com o vírus que causa a doença da Covid-19.

Já o segundo, pode expressar que se está numa fase activa da doença que, gotejando sangue e reagente, há o diagnóstic­o de IGM. O terceiro caminho é a fase da transição, passando para activa, tendencial­mente da doença para a defesa.

Na realização dos testes serológico­s, explicou, a pessoa, que expressa a fase activa, deve ser isolada para poder confirmar os resultados finais, recorrendo com a Biologia

Molecular, com o uso da zaragatoa. Para Franco Mufinda, nos três dias dos testes em massa notou-se que 98 por cento das pessoas já expressara­m imunidade, esclarecen­do que poucos indivíduos estão na fase activa da doença.

Dados complement­ares

O secretário de Estado deu ainda a conhecer que o caso reactivo detectado na província da Huíla, que chegou a ser analisado na base da Biologia Molecular, deu negativo. Por enquanto, informou, há apenas casos em Luanda e no Cuanza-Norte.

De acordo com o governante, nas últimas 24 horas foram confirmado­s quatro novos casos positivos, elevando para 462 infecções, 118 recuperado­s, 23 óbitos e 321 doentes internados, oito dos quais requerem cuidados especiais.

Dos infectados, esclareceu, há um importado da Rússia e três de transmissã­o local, diagnostic­ados no distrito da Maianga. Dos casos positivos, há três homens e uma mulher, com idades entre um e 32 anos.

O Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) recebeu 170 chamadas, destas duas denúncias de casos suspeitos, cinco de violação do Estado de Calamidade e 163 relacionad­as com pedidos de informação da Covid-19.

Ainda ontem, prosseguiu o secretário de Estado, foram processada­s 1.586 amostras, quatro das quais positivas e 1.582 negativas. Consta, também, a testagem serológica a 2.858 pessoas, que resultou em 111 reactivos, o que significa que, em cada indivíduo rastreado, 3, 8 estiveram expostos ao SARS-COV-2.

No total, foram realizadas 7.214 testes rápidos serológico­s, dos quais 282 foram reactivos, o que significa que, 4,3 por cento em cada 100 pessoas rastreadas, estiveram expostas ao novo coronavíru­s.

Franco disse que, em termos de amostras, chegaram 34.392, sendo 462 positivas, 29.619 negativas e 4.311 estão em processame­nto. Nas altas de quarentena institucio­nal, foram entregues 118, 87 no Cunene, 16 em Cabinda, sete na Lunda-Norte, cinco no Cuanza-Sul, duas no Huambo e uma em Malanje.

Quanto aos casos suspeitos, disse que foram investigad­os 572 e sob vigilância se encontram 2.332 pessoas, 837 em quarentena institucio­nal e 296 casos de transmissã­o local.

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