Huambo prepara condições técnicas
Até no final deste mês, o processo será definido e anunciados os critérios que poderão nortear as actividades que vão decorrer em todo o país e que visam ajudar as políticas públicas
A província do Huambo está a preparar as condições técnicas e de logística para que o processo de recenseamento agro-pecuário e pescas decorra com normalidade.
Segundo o director do Instituto Nacional de Estatística do Huambo, Ruben Gomes, até no final deste mês será definido e anunciados os critérios do processo a nível de todo o país.
Precisou que o recenseamento agro-pecuário e pescas, a ser realizado em duas fases diferentes, com duração de seis meses, tem como objectivo disponibilizar ao Governo, académicos e sociedade em geral, informações estatísticas e actualizadas sobre a agricultura, pecuária, pesca e aquicultura, para a tomada de decisões e a elaboração de projectos e políticas públicas.
“Fizemos apresentação da campanha de sensibilização, no município do Huambo, para se fazer o enquadramento das autoridades locais e informá-los sobre o papel a desempenhar no processo de mobilização, que vai decorrer em todo país”, garantiu.
No Huambo, serão mobilizados cerca de 86 agentes recenseadores, distribuídos pelos 11 municípios da província, em equipas constituídas por um supervisor, motorista e agentes de campo, cujo processo de formação começa brevemente, numa altura em que a maior parte dos municípios já foi sensibilizada, faltando apenas Ucuma, Chinjenje e Longonjo.
Crescimento
O administrador do município do Huambo, João Calão Figueiredo, considerou o recenseamento agro-pecuário e pescas como um vector para o desenvolvimento sustentável.
Para ele, o processo vai melhorar as condições de vida da população, gerar o desenvolvimento e ajudar os camponeses no lançamento de sementes de qualidade e adequadas ao solo, bem como poderá facilitar o exercício da pesca e pecuária em grande escala. João Calão Figueiredo apelou à contribuição de todos no sentido de “facilitar a vida dos mobilizadores do programa, por forma a não encontrarem entraves e que as pessoas inquiridas não omitam dados de interesse para o processo”.
“Queremos sensibilizar as pessoas sobre a importância do recenseamento agropecuário e pescas, porque, depois, o país poderá fazer investimentos com maior certeza e as comunidades vão sair a ganhar”, apontou. O recenseamento das actividades agropecuárias e pescas será, depois do período pós independência, o primeiro a ser realizado, com a finalidade de dar a conhecer as estruturas de explorações, principais práticas culturais e equipamentos usados no sistema de produção ligados a estes sectores.