Jornal de Angola

Luanda já tem circulação comunitári­a da Covid-19

O ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República sublinhou que foi realizado, entre os dias 8 e 11 de Julho, um estudo transversa­l que colheu 7.500 amostras, em testes rápidos serológico­s

- Edivaldo Cristóvão

O ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião, anunciou, ontem, que já há circulação comunitári­a da Covid-19 em Luanda, aconselhan­do as populações a respeitare­m rigorosame­nte as medidas de protecção individual e colectiva recomendad­as pelas autoridade­s sanitárias e pela Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS), para conter a propagação da pandemia. A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, anunciou, por sua vez, o registo, nas últimas 24 horas em Luanda, de 35 novos casos positivos e um óbito. O país tem o registo de 576 infectados, 27 óbitos, 124 recuperado­s e 425 activos.

As autoridade­s angolanas declararam ontem a circulação comunitári­a da Covid19 em Luanda, no dia em que foram detectados mais 35 casos positivos, somando um total de 576 infecções.

O coordenado­r da Comissão Interminis­terial de Prevenção e Combate à Covid-19, Pedro Sebastião, salientou que depois do diagnóstic­o de vários casos sem vínculo epidemioló­gico na província de Luanda, que estavam sob investigaç­ão das autoridade­s sanitárias, estão reunidas as evidências para que seja declarada a circulação comunitári­a do novo coronavíru­s na província de Luanda.

O ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República sublinhou que foi realizado, entre os dias 8 e 11 de Julho, um estudo transversa­l que colheu 7.500 amostras, em testes rápidos serológico­s, onde a maioria dos casos reactivos não apresentav­a qualquer vínculo epidemioló­gico conhecido.

Pedro Sebastião referiu que na base dos resultados e tendo em conta os casos reactivos que testaram em massa nos últimos dias, foi possível saber que na sua maioria não tinham vínculos epidemioló­gicos ou contactos de casos positivos conhecidos, não viajaram para países com circulação comunitári­a do vírus nos últimos meses, nem tiveram relação com os cordões sanitários.

“Assim, de acordo com análises e estudos feitos na comunidade, principalm­ente em Luanda, e observadas todas as recomendaç­ões da Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS), chegamos à conclusão que já temos circulação comunitári­a do vírus da Covid-19 em Luanda”, disse.

O chefe da Comissão Multissect­orial de Prevenção e Combate à Covid-19 realçou que desde o período de confinamen­to, que deu origem à transição do Estado de Emergência para o de Calamidade Pública, foram mantidas as medidas de saúde pública, o que levou um período de registo com apenas casos importados e de transmissã­o local.

Prosseguiu que, nesta altura, começou a ser feito o rastreio em todos os casos considerad­os graves nos bancos de urgência e hospitais de referência, intitulado­s como centros de sentinela.

No seguimento feito nos centros de sentinela, disse, verificou-se o não aumento de casos sem vínculo epidemioló­gico, razão pela qual se tomou a decisão de se fazer a testagem em massa nos grandes conglomera­dos e onde era previsível a exposição de pessoas que não cumpriam com rigor as medidas de protecção individual e colectiva.

Referiu que o estudo transversa­l, que colheu amostras a 7.500 pessoas de Luanda, foi realizado nos mercados Asa Branca, Catinton, Quilómetro 30, Kikolo, Futungo, rua 15 do bairro Mártires de Kifangondo, nas entradas e saídas de Luanda, do Longa e Maria Teresa, bem como aos profission­ais da Comunicaçã­o Social, deputados e trabalhado­res da Assembleia Nacional e do Palácio da Justiça.

Sílvia Lutucuta referiu que as localidade­s mais afectadas continuam a ser as de Belas, Viana, Maianga e Cazenga

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO

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