Buhari suspende o chefe da agência anticorrupção
O Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, confirmou, ontem, ter suspendido o chefe da principal agência anticorrupção no país, depois deste ter sido acusado do desvio de fundos, abrindo, assim, caminho para a realização de um processo judicial, noticiou, ontem, a Reuters, citando o gabinete do procurador-geral.
O director da Comissão de Crimes Económicos e Financeiros (EFCC, na sigla inglesa), Ibrahim Magu, tem sido interrogado desde o meio da semana por uma “comissão especial de investigação” sobre as acusações de “desvio de bens apreendidos e insubordinação”, mas as autoridades têm-se recusado a dizer se este foi detido ou vai ser judicialmente processado.
Esta suspensão, por parte de Muhammadu Buhari, irá “permitir agora à Comissão de Inquérito continuar o seu trabalho em conformidade com as leis em vigor”, explicou o gabinete do procurador-geral nigeriano.
Até ao fim da investigação em curso, Ibrahim Magu será substituído por Mohammed Umar como chefe da EFCC. Ibrahim Magu foi um dos pilares da Presidência de Muhammadu Buhari, que apresentou a luta contra a corrupção, que considerou um “cancro da nação”, como um dos principais objectivos da sua governação. O caso, que muitos suspeitam ser principalmente político, acontece após o surgimento de uma nota do procurador-geral destinada ao Presidente nigeriano, na qual são feitas várias acusações contra Magu. Muitos observadores têm denunciado acusações motivadas por interesses políticos e que a elite financeira e política nigeriana pretendia afastar o director da EFCC.
Ataque mata 35 militares
Pelo menos, 35 militares morreram, ontem, na sequência de uma emboscada realizada por um grupo extremista no Nordeste do país. De acordo com as mesmas fontes, os militares foram emboscados a cerca de 40 quilómetros de Maiduguri, cidade onde nasceu o grupo Boko Haram.