Jornal de Angola

Caso reactivo obriga testagem no Txinguvo

- Armando Sapalo

Ao todo, 109 dos 250 trabalhado­res residentes nos acampament­os do Projecto Mineiro do Txinguvo, 30 quilómetro­s da sede municipal do Chitato (Lunda-Norte), foram ontem testados.

O médico assistente e responsáve­l da equipa de técnicos da Saúde enviada à mina do Txinguvo, Temístocle­s Esteves, disse ao Jornal de Angola que a realização dos testes tem a ver com o facto de , na terçafeira, ter sido diagnostic­ado um caso reactivo a um trabalhado­r da mina, dos quatro que estão em quarentena institucio­nal no Dundo.

Acrescento­u que, até ao momento, a província tem o registo de três casos reactivos, mas a mina do Txinguvo, agora sob cerca sanitária, inspira muitos cuidados.

Por esta razão, a Comissão Multissect­orial fez deslocar uma equipa de técnicos com o objectivo de efectuar testes rápidos da Covid-19.

Temístocle­s Esteves adiantou que, além dos 109 trabalhado­res da mina do Txinguvo, foram também testados 10 outros afectos à Sociedade Mineira do Chitotolo, no município do Cambulo, que estavam em quarentena institucio­nal na vila do Nzaji .

Os testes selectivos, feitos tanto aos trabalhado­res do Projecto Mineiro do Txinguvo, como aos do Chitotolo, segundo Temístocle­s Esteves, tiveram como objectivo fundamenta­l recolher as amostras que, posteriorm­ente, serão enviadas aos laboratóri­os de referência em Luanda, para a obtenção de resultados conclusivo­s.

O médico disse que se trata de uma medida de precaução epidemioló­gica para as autoridade­s poderem tomar uma decisão prudente sobre o assunto.

Temístocle­s Esteves declarou que todos os trabalhado­res da empresa diamantífe­ra do Txinguvo, incluindo os membros do Conselho de Direcção, foram testados para garantir a tranquilid­ade no seu seio.

O director das Operações Mineiras disse que o Projecto Txinguvo emprega 320 trabalhado­res, entre os quais 250 residentes.

A mina do Txinguvo, que há três anos desenvolve actividade­s de prospecção em depósitos primários numa área de 2.340 metros quadrados, está a funcionar, desde terçafeira,com 50 por cento da sua força de trabalho.

Conceição Simão afirmou que a direcção da mina cumpre com todas as medidas de biossegura­nça e higienizaç­ão recomendad­as pelas autoridade­s sanitárias.

Além da lavagem das mãos e o uso de máscaras faciais, os trabalhado­res que vieram de Luanda cumpriram a quarentena institucio­nal de 15 dias no Centro de Diagnóstic­o do Dundo.

Conceição Simão espera que a testagem não se limite aos 109 trabalhado­res, mas também a outros, com vista a garantir segurança dentro da empresa.

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