Obras mudam a imagem do município do Andulo
Várias infra-estruturas começam a ser erguidas na localidade, no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM). Andulo, que no passado foi palco de vários confrontos armados, está agora transformado num verdadeiro canteiro de obras. No domínio económico, o município regista a implementação de vários projectos agrícolas
Com a construção de várias infra-estruturas de impacto social, o Andulo, um dos nove municípios da província do Bié, revela sinais de desenvolvimento, e a sua população acredita, agora, que melhores dias virão. A localidade assinalou, na segunda-feira última (13 de Julho) o seu 49º aniversário da elevação à categoria de vila municipal.
Apesar da pandemia da Covid-19, que afecta a economia do país e do mundo, na circunscrição, vários sectores registam melhorias assinaláveis, especialmente no sector social, com as obras realizadas no âmbito do Programa de Combate à Fome e à Pobreza, que permitem o surgimento de mais escolas, centros e postos médicos.
A administradora municipal do Andulo, Celeste Adolfo, disse ao Jornal de Angola que está orgulhosa por tudo o que já foi feito até agora na localidade, mas salienta que ainda há muito por se fazer, para garantir o bem-estar social das populações.
“O programa municipal de desenvolvimento rural, e de combate à fome e à pobreza, permitiu a instalação de mercados nas sedes comunais e a construção de clubes rurais em algumas aldeias”, afirmou.
Segundo a administradora, a nova centralidade do Andulo, com 172 apartamentos, construída no quadro do Programa de Investimentos Públicos (PIP) e inaugurada, em Março, de 2017, é uma das maiores conquistas já alcançadas até agora. Nos últimos anos, o município ganhou novas escolas, centros de saúde, residências para médicos e enfermeiros, e sistemas de captação e distribuição de água potável.
Outras obras sociais começam a ser executadas no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM). O Andulo, que no passado foi palco de vários confrontos armados, está agora transformado num verdadeiro canteiro de obras. No domínio económico, a localidade regista a implementação de vários projectos agrícolas.
Acções em Calussinga
Dentre as obras em curso, a administradora Celeste Adolfo avança que, na localidade de Bunja, o PIIM contempla a construção de uma escola do ensino primário, com sete salas de aula. Na comuna de Calussinga está a ser construído um edifício para o funcionamento da Administração local do Estado, um parque infantil e uma escola de 12 salas para acolher alunos do ensino primário.
A administradora do Andulo acrescentou que, ainda em Calussinga vai ser reabilitado 1,5 quilómetro de passeios, e construído, no bairro Tecnil, outra escola do ensino primário e do primeiro ciclo do ensino secundário, com 12 salas, enquanto o centro materno infantil recebe obras de reabilitação.
Na sede do Andulo, estão a ser construídos 2,5 quilómetros de passeios, e a rotunda Dr. António Agostinho Neto recebe obras de melhorias. Celeste Adolfo explica que, para o município, o PIIM prevê, também, a terraplanagem de 96 quilómetros das vias Andulo/Cassumbe e Andulo/Chivaúlo. “Até agora, já foram terraplanados 20 quilómetros de estrada na periferia da cidade”, disse.
Energia com recurso à geradores
Na vila do Andulo, a energia eléctrica chega às residências dos moradores através de grupos geradores. A Administração gasta muito dinheiro em combustíveis e lubrificantes, para manter funcional o equipamento. Para alterar a situação, de acordo com a administradora municipal, está em curso a instalação de uma subestação eléctrica.
“Infelizmente, as obras paralisaram por falta de recursos financeiros”, lamenta Celeste Adolfo, para acrescentar que, no Andulo existem outros problemas por resolver, como a necessidade de reabilitação das vias que ligam a sede municipal às comunas de Cassumbi e Chivaúlo, para facilitar a circulação de pessoas e mercadorias, da vila às zonas de produção, e vice-versa.
A administradora do Andulo, Celeste Adolfo, afirma que o município está aberto à investimentos privados, porque os mais de 300 mil habitantes ainda enfrentam carências de diversos bens e serviços.