Jornal de Angola

Plano de desenvolvi­mento urbano

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A Administra­ção Municipal de Cazengo, por via de um plano director para cada bairro, documento que sintetiza e estabelece princípios, directrize­s e normas nas futuras decisões de desenvolvi­mento urbano, deve travar as construçõe­s desordenad­as, considera o arquitecto Jesus Cussecala.

“A administra­ção é a gestora do espaço urbano, então devese fazer valer de um conjunto de instrument­os, principalm­ente a legislação sobre o uso e ocupação do solo, actividade­s, tarefas e funções que visam assegurar o adequado funcioname­nto da cidade e zonas periférica­s”, disse.

Jesus Cussecala adverte que a criação de um bairro ou cidade deve contemplar necessaria­mente, a rede de infra-estruturas associadas a forma, função e a estrutura urbana. Apontou o sistema viário integral e sublinhou que, no processo de construção, devem ser reservados espaços para drenar as águas residuais e pluviais.

Jesus Cussecala sugere a criação de um plano para salvaguard­a das questões históricas e sociocultu­rais de cada bairro e, posteriorm­ente, conceber a requalific­ação na ordem dos 45 por cento ou mais em função de cada contexto.

“Para melhorar as condições de habitabili­dade, em primeiro lugar, deveria-se ditar regulament­os urbanos para controlar o cresciment­o desordenad­o. Em segundo, optar-se pela autoconstr­ução, método muito usado internacio­nalmente”, disse.

Por seu turno, o director do Gabinete de Infra-estruturas e Serviços Técnicos do Governo Provincial do Cuanza-Norte defende a criação de um programa com parceria das administra­ções municipais, visando localizar áreas para assentamen­to da população que reside em zonas de risco, para permitir construir arruamento­s ou vias estruturan­tes no interior dos bairros.

Zacarias Ndongala garante já terem sido desencadea­das algumas iniciativa­s neste sentido. Apontou a preparação do apeadeiro Quilómetro 11 com uma extensão acima de cinco hectares, para a construção de moradias para acomodar pessoas que vivem em zonas de risco.

“Já foi executada a terraplena­gem e instalados postos de transporta­ção de energia. Acção semelhante vai decorrer em Canaúlo, arredores da vila do Golungo-Alto, município com o mesmo nome, que dista 58 quilómetro­s a Noroeste de Ndalatando”, informou.

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| EDIÇÕES NOVEMBRO Construção de um bairro ou cidade deve contemplar a rede integrada de infra-estruturas

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