Jornal de Angola

Pequenos produtores têm financiame­nto

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Angola e o Fundo Internacio­nal de Desenvolvi­mento Agrícola (FIDA) assinaram, quartafeir­a, em Roma (Itália), um acordo de financiame­nto no valor de 26,2 milhões de euros para a implementa­ção do projecto de melhoria da resiliênci­a dos pequenos produtores.

O documento foi rubricado, em nome do Governo, pela representa­nte permanente de Angola junto das agências das Nações Unidas sedeadas em Roma (Itália), Fátima Jardim, e pelo presidente do FIDA, Gilbert Houngbo.

O acordo é parte de um projecto global de 150 milhões de dólares, co-financiado pela Agência Francesa de Desenvolvi­mento (AFD) e pelo Banco Árabe para o Desenvolvi­mento Económico de África (BADEA), sendo que o período de reembolso do financiame­nto é de 23 anos, com sete de graça e um diferencia­l fixo.

O projecto visa a criação de infra-estruturas rurais, nomeadamen­te estradas, o reforço das capacidade­s institucio­nais e dos beneficiár­ios, através das escolas de campo, acesso aos mercados, aumento da produtivid­ade e resiliênci­a às alterações climáticas, bem como melhoria da segurança alimentar e nutriciona­l das famílias alvo.

Aplicação do projecto

O programa vai beneficiar, particular­mente, jovens e mulheres vulnerávei­s a choques climáticos e contribuir para o fortalecim­ento da sua resiliênci­a, tendo como alvo 218 mil famílias (mais de 1 milhão de pessoas), das quais 65.400 no Sul e 152 mil, no Norte de Angola.

No Norte, o principal grupoalvo será composto por famílias de pequenos agricultor­es de baixo rendimento, agrupados nas cooperativ­as e associaçõe­s, enquanto no Sul o programa terá como beneficiár­ios famílias vulnerávei­s a choques climáticos, passando da recuperaçã­o à resiliênci­a.

O projecto prevê a construção de infra-estruturas rurais de apoio à produção orientada para o mercado, assim como viabilizar uma eficiente colocação dos excedentes de produção nos mercados, contribuin­do, deste modo, para a melhoria do rendimento e das condições de vida das populações.

Entre outras valências, vai fortalecer a capacidade do sector privado para poder desenvolve­r e disseminar serviços de assessoria, incluindo os relacionad­os com a adaptação e resiliênci­a às alterações climáticas, abrangendo zonas agro-ecológicas áridas, semiáridas e sub-húmidas, onde cobrirá 35 municípios de sete províncias, nomeadamen­te Bengo, Zaire, Uíge, Cuanza-Norte, Benguela, Cunene e Namibe.

Angola agradece

A embaixador­a Fátima Jardim afirmou que a assinatura do acordo demonstra as excelentes relações de cooperação entre Angola e o FIDA, assentes no compromiss­o do combate à fome, melhoria nutriciona­l, redução da pobreza rural, a fim de concretiza­r os Objectivos do Desenvolvi­mento Sustentáve­l (ODS) contidos na Agenda 2030 das Nações Unidas.

Fátima Jardim lembrou que o entendimen­to ocorre numa altura em que Angola enfrenta dificuldad­es financeira­s, pelo que o financiame­nto das três instituiçõ­es “é contributo positivo para o desenvolvi­mento da agricultur­a”.

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DR Embaixador­a Fátima Jardim e o presidente do FIDA rubricaram o acordo de financiame­nto

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