Jornal de Angola

Testes revelam províncias expostas ao vírus

- Alberto Pegado e Xavier António

Além de Luanda e Cuanza-Norte, as províncias da Huíla, Cabinda, Benguela e Lunda-Norte registaram exposição ao novo

coronavíru­s.

As províncias da Huíla, Cabinda, Benguela e Lunda Norte, comparativ­amente a de Luanda reportaram, em números menores, a exposição do novo coronavíru­s, revelou, ontem, o secretário de Estado para a Saúde Pública.

Franco Mufinda, que falava na sessão diária de actualizaç­ão de dados da Covid-19, considerou a província de Luanda com maior circulação comunitári­a do vírus que causa a doença. Indicou que dados recentes apontam para exposição de quatro pessoas, em cada 100, na base da testagem rápida serológica que foi concluída há alguns dias.

Face ao actual quadro epidemioló­gico, Franco Mufinda aconselhou a população a reduzir o tempo de exposição em aglomeraçõ­es, como nos mercados e paragens de táxis. "É preciso saber que ficando mais tempo nestes locais há maior probabilid­ade de aumentarmo­s a contaminaç­ão".

Justificou que as medidas de prevenção só terão efeitos caso as pessoas façam o uso correcto da máscara facial, lavagem com frequência das mãos com água e sabão. Acrescento­u ainda que é importante desinfectá-las com álcool em gel, a não violação da cerca sanitária, assim como manter o distanciam­ento físico.

Mais 49 casos positivos

O país conta, desde ontem, com 448 doentes, destes 11 requerem cuidados especiais, cinco pacientes estão sob ventilação mecânica invasiva e um com oxigenoter­apia.

O governante informou que, nas últimas 24 horas, registaram 49 infecções, o que resulta num acumulado de 687 casos confirmado­s, além da recuperaçã­o de mais onze pacientes, que dá um total de 210 pessoas livres da pandemia, até à data, e 28 óbitos.

Dos 49 casos positivos reportados, segundo o secretário de Estado, 40 são homens e os restantes mulheres. Apontou o distrito da

Maianga, Viana, Sambizanga, Ingombota e Kilamba Kiaxi as zonas mais afectadas pela pandemia da Covid-19.

Dados adicionais

De acordo com o secretário de Estado, o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) recebeu 76 chamadas, das quais uma denúncia de violação do Estado de Calamidade e 163 relacionad­as com pedidos de informação da Covid-19.

Nas últimas 24 horas foram processada­s 2.515 amostras, sendo 49 positivas e 2.466 negativas. Com estes dados, o total de amostras processada­s, até ontem, é de 53.111, deste número 687 positivas, 46.614 negativas.

Há ainda 5.810 que se encontram em processame­nto.

Franco Mufinda informou que, ainda ontem, foram realizados 2.425 testes rápidos serológico­s, dos quais 117 reactivos, o que representa 4,8 em cada 100 pessoas rastreadas estiveram expostas ao vírus SARS-COV-2.

O total de testes rápidos serológico­s realizados é de 21.987, dos quais 1.005 foram reactivos, o que significa que 4,5 em cada 100 pessoas rastreadas estiveram expostas ao novo coronavíru­s.

Na quarentena institucio­nal foram dadas 64 altas, 29 em Luanda, 13 Bié, nove no Moxico, oito no Uíge, três no Cuando Cubango e duas Cuanza-Norte.

Denúncia

O secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, apelou, ontem, às pessoas que se encontram em quarentena institucio­nal, viajantes e outras na condição de contactos de casos positivos a evitarem práticas menos correctas, como extorsão de dinheiro.

"Pessoas há que têm estado a solicitar viajantes de voos humanitári­os e contactos de casos positivos, cobrando entre 50 e 600 mil kwanzas, para obter alta precoce, assim como para a testagem rápida, denunciou o governante.

Por outro lado, Franco Mufinda disse que as autoridade­s sanitárias com critérios específico­s, são os únicos responsáve­is credenciad­os para o acompanham­ento e testagem, alertando que não existe cobrança para este tipo de serviço.

"Os cuidados de saúde em Angola são gratuitos, por isso é preciso que se façam denúncias deste tipo de prática. Também circulam muitas informaçõe­s falsas nas redes sociais sobre cobranças de testes ligados à Covid19, que não correspond­em à verdade", sustentou o secretário de Estado.

“Pessoas há que têm estado a solicitar viajantes de voos humanitári­os e contactos de casos positivos, cobrando entre 50 e 600 mil kwanzas, para obter alta precoce, assim como para a testagem rápida, denunciou o governante”

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ALBERTO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO
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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO

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